Loja Maçônica Salomão Luiz Ginsburg comemora posse do novo Venerável e sua diretoria.

16 de junho de 2016

A Loja Maçônica Salomão Luiz Ginsburg nº 36, localizada na Rua da Igualdade, nº 56, reuniu familiares, convidados, representantes das sociedades civis organizadas, autoridades e a imprensa para a comemoração da posse do novo Venerável, Irmão Roberto Carlos Pontes Andrade e sua diretoria. O evento foi realizado na sede da Loja Maçônica, às 20h30 e, logo após o ato cerimonioso, o ex-presidente da instituição e quem conduziu parte do ato de comemoração, Odilson Santos, convidou todos para o encerramento no restaurante Na Lenha, onde foi oferecida uma rodada de pizza e outros pratos da gastronomia local.

Considera-se importante a sociedade tomar mais conhecimentos sobre os trabalhos que são exercidos pela Loja Maçônica, pois a base essencial dos trabalhos que envolvem a maçonaria tem larga referência em diversos países, assim como a história da maçonaria tem todo um contexto de luta em prol da liberdade.  

Segundo a fonte pesquisada, o termo maçom ou mação provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer pedreiro, construtor. A maçonaria é considerada uma “união de pedreiros”, portanto, uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social.

Suas principais exigências para quem nela ingresse é acreditar em um princípio criador, ter boa índole, respeitar a família, possuir um espírito filantrópico e o firme propósito de estar sempre unidos em prol dos bons princípios e comunhão com o criador do Universo (Deus), aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e designadas) lojas.

Apesar de a maçonaria estar presente no Brasil desde a Inconfidência Mineira no final do século XVIII, a primeira loja maçônica brasileira surgiu filiada ao Grande Oriente da França, sendo instalada em 1801 no contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro Grande Oriente Brasileiro sob a direção de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.

Em São Fidélis, de acordo com os registros documentados, o fundador da primeira loja maçônica denominada Auxílio à Virtude foi Salomão Luiz Ginsburg, judeu convertido ao Cristianismo, saiu da sua terra natal para a Inglaterra, onde foi evangelizado. Seu pai, um rabino ao saber da decisão do filho o deserdou. Foi residir num lar para judeus convertidos, onde aprendeu o ofício da tipografia. Sentindo o chamado missionário preparou-se. Inicialmente foi para Portugal como missionário da Igreja Congregacional. Teve que se retirar dali ao escrever um folheto polêmico, acusando a Igreja Católica Romana.

Chegou ao Brasil, onde conheceu o missionário Zacarias Clay Taylor, que o convenceu de que os batistas realizavam o verdadeiro batismo bíblico, batizou-se nessa denominação. Foi nomeado pela Foreing Mission Board, ou Junta de Richmond, como é conhecida em 1891.

Casou-se em 1893 com Emma Morton Ginsburg, também missionária norte-americana, com quem teve seis filhos. Viveu em Niterói, Campos, São Fidélis, Pernambuco e finalmente São Paulo. Em 1891, criou o Cantor Cristão, hinário das Igrejas Batistas no Brasil. Fundou o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, localizado na cidade de Recife (PE) e foi secretário da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.

Foi o Primeiro Pastor da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti, exercendo seu mandato de 1925 a 1926. Em 1894 fundou o jornal As Boas Novas.

Foi preso em 9 de janeiro de 1894 na cidade de São Fidélis ao pregar o evangelho, mas depois de 10 dias foi solto. Foi maçom, sendo fundador da Loja Maçônica Auxílio à Virtude, na cidade de São Fidélis e fundador da Primeira Igreja Batista, bem como o primeiro pastor dela.

Faleceu em 1927, deixando escrita sua biografia num livro chamado Um Judeu Errante no Brasil, publicado pela JUERP em 1932, traduzido pelo pastor Manuel Avelino de Souza.

Via Redação 






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