Abertura da 8ª Bienal do Livro em Campos dos Goytacazes recebe grande público e contou com nomes de peso na literatura e show com Martinho da Vila

17 de maio de 2014

A reportagem do SF RJ acompanhou a primeira noite da 8ª Bienal do Livro em Campos dos Goytacazes que teve a presença de um enorme público e cujo tema “leitura que muda o mundo”, contou com diversão, bate papo com Laura Muller e samba com Martinho da Vila – conforme registros feitos.

O evento foi aberto por volta das 18h e com uma hora de atraso por conta da espera da prefeita Rosinha que acabou não aparecendo. E para incrementar a abertura – nada melhor para combinar com o tema Leitura e Escrita: nossa melhor herança que contou com as presenças das escritoras Marina Colasanti e Nélida Piñon no espaço Café Literário onde puderam bater um super papo com a plateia e o mediador, Claufe Rodrigues – da Globo News.

Logo após, foi a vez de Martinho de Vila, autor de nove livros, entre romance, ficção, infantil e literatura musical, Martinho diz que escreve de madrugada, enquanto está nos hotéis, em suas turnês de shows. “Procuro escrever de uma maneira que seja direta, simples. Há escritor mais preocupado em mostrar sua cultura do que em transmitir cultura”.

O sambista fez críticas à música brasileira, que de acordo com ele vive um momento preocupante. “Nos shows tem que pular, fazer barulho é o que mandam. Uma despreocupação total com a riqueza melódica e poética. Gosto de show que todo mundo canta, vê, participa e dança”, disse o compositor, que na literatura aponta o desafio: “Escrever o que já foi escrito de um ângulo novo, porque tudo já foi dito, então é a criatividade para fazer diferente o que já foi feito”, ressaltou.

Enquanto isso, em outra arena a jornalista e sexóloga Laura Muller batia um papo com uma imensa plateia de adolescentes e adultos e a mesma já foi jornalista da revista feminina Cláudia e na qual editava sobre o tema sexo. Laura explanou sobre a diferença entre a literatura erótica e filme pornô. E foi lacônica ao dizer: “Os homens se excitam pelo visual, por isso gostam de filmes pornôs. Já as mulheres se estimulam pela fantasia. E a literatura erótica incentiva a imaginação”, explicou ela, que também é escritora.

“Esta é a terceira vez que eu estou vindo à Bienal em Campos para falar de um tema tabu. E esta é uma conquista dos últimos anos, bem como teve um tempo de repressão que não se podia conversar sobre sexo até o século XVII era feito só para reprodução. Na contemporaneidade, o sexo é feito por prazer”, afirmou Laura Müller. 

A programação completa que vai até o dia (25) pode ser conferida na página:http://www.bienalcampos.com 






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Jornalista responsável Nelzimar Lacerda | Registro profissional DRT/RJ 29740