Antigas estações ferroviárias de São Fidélis e Pureza são transferidas para o município restaurá-las para espaços de projetos culturais.

3 de outubro de 2015

Finalmente, as antigas estações da rede ferroviária em São Fidélis e as quais que encontram em total estado de abandono há muitos anos foram transferidas para o município restaurar e explorar os espaços para projetos culturais. Foi uma luta que começou em 2009, por parte do município através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, entretanto, somente agora foi assinado conforme cópias dos documentos anexos e liberados pelo Secretário Municipal de Cultura – Ronaldo Barcelos que disse que a movimentação começou com ele o ex-secretário de cultura – Ely Corrêa em 2009, porém, ao assumir o cargo de secretário de cultura no ano seguinte, obteve total apoio da administração para dar continuidade ao processo de busca para que as estações ferroviárias então pudessem ser transferidas – já que era um sonho de todos em ver os prédios serem transformados em espaços culturais para a comunidade.

“A estação de São Fidélis teve suas obras iniciadas em 1909 e concluídas em 1913, pela LR Leopoldina Railway – responsável pelo movimento ferroviário na cidade e região época. Parte integrante do cenário sociocultural e econômico do município, a estação foi palco de inúmeros acontecimentos que movimentaram a cidade por um longo período desde a sua construção.

Porta de chegada e saída de pessoas ilustres e meio de transporte e escoamento de toda a produção agropecuária para o mercado vizinho e a capital – Rio de Janeiro, cujos produtos que giravam a economia eram o café e cana de açúcar. Em 1943, serviu de palanque para o discurso do então Presidente da República, Getúlio Vargas, quando da sua visita a São Fidélis. Nomes importantes como o do Interventor Federal Ernani do Amaral Neto, do escritor Euclides da Cunha e vários outros, constantes no cenário político e cultural do país – registram-se nos autos e existência do funcionamento do referido prédio da estação. Tem a estação ferroviária, até os dias de hoje grande importância na história do desenvolvimento da cidade de São Fidélis, relacionando-se ainda o seu espaço arquitetônico com localização notória dentro do traçado da cidade”, assinala o secretário de cultura Ronaldo Barcelos.

Ainda sobre as estações ferroviárias da cidade, a única não fazer parte de transferência para o poder público municipal foi a estação de Ernesto Machado que, segundo informações, há tempos foi vendida, isto é, passou para as mãos de particulares.

Com o processo de desativação da rota de passagem de trens pela cidade e Campos, a probabilidade de a região vir a se transformar num circuito do uso de trens para o turismo é outra proposta que poderá ser de grandes alavancas geradoras de receitas turísticas, bem como por agregar valores a mais a esses patrimônios históricos, visto que tem como órgão responsável e participante no bloco de assinaturas, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional.







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