As ingerências políticas no hospital Armando Vidal são como uma doença crônica

6 de junho de 2024

As ingerências políticas no hospital Armando Vidal são como uma doença crônica. Infelizmente, por ser o único hospital da cidade, diversos vereadores e até os próprios prefeitos dos últimos 30 anos fizeram com que o hospital se transformasse num verdadeiro esquema de balcão de negócios com a saúde pública em troca de votos.

Uma instituição que possui uma bela história de fundação e formação à época, com homens íntegros e que tinham amor pela vida e pela cidade. A verba para a construção do HAV surgiu da venda de 2000 (duas mil sacas de café) doadas pelo Dr. Armando Vidal, presidente do Departamento Nacional do Café.

Algumas pessoas ainda em vida, relembram como o respeito e a gestão do hospital em décadas passadas eram transparentes e o hospital com renomados médicos e enfermeiros que fizeram suas marcas como profissionais excelentes e humanizados.

Não existia esse balcão de negócios com verbas repassadas dos governos estadual e federal, cujo município tem por obrigação por lei, repassar ao hospital por conta dessa relação contratual dos serviços de Emergência haja vista não existir hospital municipal na cidade, e aí essa relação acabou por colocar a gestão da unidade centralizada nas mãos de políticos inescrupulosos.

Com isso, de instituição filantrópica passou a ser considerada por conta de péssimas gestões como instituição “pilantrópica”. Considera-se lamentável ver a imagem da única unidade hospitalar do município negativada por boa parte da opinião pública porque não conta com uma gestão de excelência; com um quadro de profissionais instituídos via processo seletivo e com exigência de experiência profissional; não possui um profissional de Relações Públicas para atuar na gestão da comunicação- ou seja, não existe gestão administrativa como de práxis em todas as instituições hospitalares que conhecemos fora da cidade.

Infelizmente, enquanto existir as ingerências políticas, o hospital ficará nas mãos desses grupelhos da politicagem que só visam votos (de cabrestos) desviar dinheiro das emendas parlamentares que são destinadas para o hospital, bem como não permitir as melhorias por uma gestão séria, técnica e independente.

Editorial – São Fidélis RJ






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