Os bancários iniciam hoje uma paralisação nacional, com prazo indeterminado. A greve já havia sido aprovada no dia 12 de setembro, e, como não foram apresentadas novas propostas dos bancos às reivindicações dos trabalhadores, a paralisação foi confirmada. Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que tem 2.835 agências bancárias em sua base, a adesão não será de 100% no primeiro dia. Como ocorreu em anos anteriores, ela deve crescer gradualmente. Os bancários reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 11,93% –sendo 5% de aumento real, maior participação sobre lucros e resultados e “fim das metas abusivas” — exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários. Ainda, pedem um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família. Por sua vez, a proposta dos bancos é 6,1% de reajuste salarial, mantendo a mesma fórmula de participação nos lucros. Como enfrentar a greve
A paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando. Na impossibilidade de utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros. Lembrando que a greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras. De acordo com o Procon-SP, diante de um cenário de greve, as empresas são obrigadas a oferecer outro local de pagamento. Se o fornecedor se recusar a disponibilizar uma alternativa, o cliente deve documentar sua tentativa e registrar uma reclamação junto ao Procon.
Comprovantes O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. “No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo”, diz o Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor). Água, luz e telefone As contas de serviços públicos como água, luz e telefone não precisam necessariamente ser pagas nas agências bancárias. É possível quitar em casas lotéricas e em alguns supermercados. Contas em atraso
Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte. No caso dos títulos de cobrança – condomínio, escola, academia, financiamentos– a orientação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é pedir ao cedente do título um novo boleto já com os valores atualizados ou fazer o pagamento pelo Débito Direto Autorizado (DDA). O DDA é um serviço de apresentação eletrônica de boletos bancários, que permite ao cliente realizar o pagamento de boletos eletronicamente.
Caso o boleto seja do próprio banco e a agência estiver fechada, o pagamento pode ser feito no site do banco. Lá, é possível solicitar nova via de boleto em atraso, mesmo para pessoas que não são correntistas. Basta acessar o serviço de atualização de boleto, na página inicial do banco emissor do título de cobrança. Em seguida inserir a numeração do código de barras do boleto, o site irá gerar um novo boleto para pagamento. Com o boleto atualizado, é possível pagá-lo pelos canais alternativos do banco.