O carnaval fidelense que já foi bastante destacado na região e, na maioria das vezes, ficava no mesmo páreo da avaliação em relação, por exemplo, com o carnaval de São João da Barra, que hoje é considerado o maior e melhor carnaval do interior do estado do Rio de Janeiro. Já em São Fidélis, após passar por um longo intervalo sem grandes atrativos no roteiro do fluxo turístico no que se refere ao feriado de carnaval, considera-se que a “Cidade Poema” entrou num ostracismo neste período, em se tratando da festa de Momo, à qual perdeu seu destaque na grade regional, ao longo dos últimos 14 anos. Muitos adeptos da folia consideram que a decadência do carnaval se deve a maioria das diretorias das agremiações sejam de blocos ou escolas de samba.
Entretanto, no carnaval deste ano, apesar da falta de incentivos e apoios, os blocos de enredos fizeram a parte deles levando-se em conta um carnaval recreativo, alegre e familiar. E surpreenderam ao desfilar na avenida Sete de Setembro que não contou, sequer, com um refletor de luz para dar mais brilho aos foliões e nem um enfeite como sempre era nos carnavais anteriores, uma avenida decorada, tendo em vista que é a via de acesso onde sempre ocorreram os desfiles de blocos e escolas de samba na cidade.
Ainda assim, vale destacar também que os blocos de enredos, por exemplo, Unidos dos Coroados conseguiu fazer seu carnaval com total apoio de vários comércios, de modo que conseguiu fazer um belo desfile cujo tema voltado para a reciclagem com base, isto é, “Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” é uma frase atribuída ao químico francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794). A frase é o enunciado da lei de Lavoisier, também conhecida como lei da conservação das massas. Quanto a ajuda da prefeitura, os blocos receberam apenas uma quantidade de camisas para cada agremiação, para que, assim, pudessem ter uma de suas alas com uma espécie de abadá e nada mais.
Assim foram os demais blocos como Império da Ipuca, Sai da Minha Aba, Unidos de Pureza, É nós no Galo que, por sinal fez um carnaval em homenagem aos bois pintadinhos que tinham na cidade, entre eles, Boi Goró – do senhor Amaro Honorato, considerado juntamente com Badora, dois grandes baluartes dos carnavais de São Fidélis, ainda em vivos, graças a Deus.
Dessa forma, os blocos de enredos salvaram o carnaval de 2025 e os quais mostraram que podem caminhar com criatividade e apoio diversos para a retomada dos próximos carnavais com mais organização, transparência, responsabilidade e criatividade.
Em relação a alguns destaques não poderíamos deixar de falar sobre o menino Arthur, 11 anos, conseguiu ser um dos destaques do carnaval fidelense. Segundo a mãe Tatiane Lage, ele tem TDH, mas Arthur é pura alegria, educado e extrovertido. A dança é seu hobby conforme provou ao dar um show de apresentação que chamou a atenção do público. Arthur é a prova de a dança não só é uma terapia e cura para diversos transtornos, assim como uma das formas de socialização.
Eis aí uma grande lição que esse menino de luz está dando ao oportunizar o seu aproveitamento para tirar tantas pessoas sejam crianças, adolescentes e adultos, da ociosidade, da depressão ou quaisquer outros transtornos, principalmente nesses tempos de uma sociedade cada vez mais doente do espírito, individualista e violenta. Com a arte espontânea da dança se pode transformar comportamentos, bem como a dança é uma excelente terapia.
Por Nelzimar Lacerda
veja o link abaixo da apresentação do menino
https://www.instagram.com/p/DG66Gg0PpXO
Bloco é Nós no Galo acesse o link abaixo
https://www.instagram.com/p/DGwmiAHvY8i
Bloco Império da Ipuca acesse o link abaixo
https://www.instagram.com/p/DGuQGt0NUd1
Bloco Sai da Minha Aba acesse o link abaixo
https://www.instagram.com/p/DGuJh8ctPmn