Bruno Costa enaltece cultura do Norte Fluminense na Tribuna da Alerj

5 de junho de 2016

A noite da última segunda-feira, (30) foi um marco histórico para a cultura do Estado do Rio de Janeiro. Os 64 membros do Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC) tomaram posse em sessão solene no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado estadual, Zaqueu Teixeira (PT), presidente da Comissão de Cultura da Alerj. O CEPC é composto por 32 conselheiros da sociedade civil (metade titulares e metade suplentes) mesmo critério para a paridade governamental.

Os membros da sociedade civil foram eleitos durante as Conferências Regionais em dez regiões do Estado. Os segmentos culturais: artes cênicas, artes visuais, audiovisual, música, literatura e cultura popular, tiveram seus representantes eleitos por votação on line. Já os conselheiros do poder público foram indicados pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Apenas três membros foram indicados para fazer uso da palavra durante a cerimônia de posse, dentre eles, o conselheiro Bruno Costa, representante da região Norte Fluminense, que, em seu discurso, enalteceu a potencialidade cultural dos municípios da região e citou nomes importantes como Narcisa Amália, Fernando José Martins, João Oscar, Benta Pereira e Alberto Lamego, não se esquecendo de abordar a poesia fidelense e a Machadinha de Quissamã.

“A minha presença no Conselho já demonstra algo diferenciado em meio a toda esta distopia que nos circunda. Finalmente a capital abre as portas para conhecer e reconhecer que a radiografia cultural não está só nos limites da cidade maravilhosa, mas em cada pedacinho deste Estado extraordinário”, ressaltou.

Bruno Costa reiterou, ainda, que em tempos de intolerância, principalmente a religiosa, e principalmente a violência contra as questões afro-brasileiras e de matriz africana, violência de gênero, atos de autoritarismo, a cultura é o caminho para que possamos vislumbrar um futuro promissor.

“Não podemos permitir mais que as “tristes tradições” percebidas por Albino Rubim sejam algo rotineiro. Avançamos, mas podemos mais. Qualificamos, mas podemos mais. Não podemos permitir rupturas e descontinuidades. A Secretaria de Estado de Cultura tem que estar presente em cada região. Existe esta lacuna histórica. E vamos cobrar isso. É preciso que entendamos que Cultura não tem partido. Ela é inteira!”, finalizou.

Além do sanjoanense Bruno Costa, jornalista, produtor cultural e pesquisador de cultura, a ativista cultural de Macaé, Dilma Negreiros, também representa o Norte Fluminense quando foi eleita suplente. A região ainda conseguiu eleger o fotógrafo campista, Wellington Cordeiro, para a suplência da cadeira de Artes Visuais.

Primeiro Encontro

A primeira reunião do Conselho Estadual de Política Cultural já foi agendada para o dia 26 de julho, na Biblioteca Parque Estadual, no centro do Rio de Janeiro, onde inicialmente deve ser discutida a elaboração do Regimento Interno do Conselho, diretrizes e proposições. A proposta é que as reuniões sejam itinerantes pelos municípios do Estado.

Via redação por Bruno Costa






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