O pároco da Igreja Matriz – Wallace de Azevedo reuniu a imprensa na sexta-feira (07) com um café matinal às 09h:00 para um bate papo sobre a festa do padroeiro, bem como liberar a programação completa da festa religiosa de São Fidélis de Sigmaringa.
A tradicional festa do padroeiro sempre teve como alicerce máximo a programação religiosa, sobretudo por ser uma festa que sempre reuniu grande público religioso católico que sempre marcou presença seja da cidade e/ou de outras cidades que sempre marcaram presença para participação da missa, do novenário e da procissão em homenagem ao santo padroeiro da “Cidade Poema”.
Um pouco da história de Marcus Roy (canonizado São Fidélis de Sigmaringa)
Quando os frades capuchinhos frei Angello Maria de Lucca e frei Victório de Cambiasca, fundadores da Aldeia de São Fidélis de Sygmaringa, designados pelo prefeito dos capuchinhos da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Frei Antônio Maria de Vanejo) subiram o rio Paraíba do Sul, partindo da Vila de São Salvador dos Campos dos Goitacazes, para aldear os índios Coroados, que habitavam os sertões da citada vila, o nome da futura aldeia já havia sido escolhido: “São Fidélis de Sygmaringa”.
O topónimo é uma homenagem ao capuchinho, mártir da igreja católica, cujo primitivo nome era Marcus Roy, nascido na Alemanha, no Condado de Sygmaringenn, em 1.? de outubro de 1577, filho de Johann Roy, “burgomestre” e juiz da referida cidade. Marcus Roy frequentou a Universidade de Fribourg, e em 1603 adquiriu o grau de magister e doutor (ambos em Direito), em Villingen, sendo ainda assessor no Tribunal de Esishein, na Alsácia. Em 1612, ingressou como monge no Convento dos Capuchinhos, em Fribourg (Breisgau). Em 1.? de outubro recebeu o nome de Fidélis.
No ano de 1621, época das “Guerras Furiosas nos Grisões”, participou com as tropas austríacas nas batalhas. Ao tentar reconverter os “calvinistas”, na Suíça, perto de Pratecau, foi morto por um grupo de fanáticos, no dia 24 de abril de 1622, aos 45 anos de idade. São Fidélis foi beatificado pelo Papa Benedictus XIV, em Roma, no ano de 1729.
Iniciou uma carreira como advogado na cidade de Colmar, na Alsácia, onde exerceu a profissão durante alguns anos. Católico fervoroso assumia gratuitamente a defesa dos necessitados, tornando-se conhecido pelo seu espírito caritativo.
Aos 35 anos de idade fez-se frade capuchinho em Friburgo, cidade onde tinha frequentado os estudos de Direito. Adoptou então o nome religioso de Fidélis (do latim fidelis, “fiel”) e impôs a si mesmo viver em obediência, pobreza, humildade, com espírito de penitência, de austeridade e de sacrificada renúncia.
Foi ordenado presbítero em 4 de Outubro de 1612, tornando-se afamado pregador. Enviado para a Suíça no contexto das lutas religiosas que se seguiram à Reforma Protestante e à expansão do calvinismo, foi eleito guardião do convento capuchinho de Weltkirchen, em Feldkirch (na actual Áustria), onde se notabilizou na luta contra o calvinismo, entregando-se fervorosamente ao apostolado católico num momento particularmente difícil da vida da Igreja Católica naquela região da Europa.
Face à expansão do calvinismo na região dos Grisões, no leste da Suíça, a Congregação para a Doutrina da Fé enviou Fidélis, juntamente com alguns frades auxiliares, com a missão de combater o que a Igreja Católica considerava a heresia calvinista que assolava aquela região.
Quando no contexto da Guerra dos Trinta Anos a disputa entre católicos e calvinistas degenerou numa sangrenta guerra civil alinhada pelas posições dos Valões e do Imperador da Áustria, como enviado da Igreja Católica com a missão específica de lutar contra o calvinismo Fidélis acabou por atrair a ira das autoridades calvinistas. Após vários incidentes, no dia 24 de abril de 1622, depois de ter sido interrompido com disparos de espingarda numa das suas pregações em Seewis, foi agredido fora da igreja em que pregara e depois ferido de morte, tendo o seu corpo sido esquartejado.
A sua morte impressionou até os seus mais acirrados inimigos, tendo contribuído para a pacificação da região. Passou a ser considerado como mártir do catolicismo e figura venerada entre os opositores ao calvinismo.
Foi canonizado pelo Papa Bento XIV em 29 de Junho de 1746. É o protomártir da Sagrada Congregação da Propaganda da Fé.