Coreógrafa, professora de dança e bailarina, Mila Sepúlveda, em entrevista ao SF RJ na última segunda-feira (14), falou sobre como foi produzir o espetáculo de dança La La Land apresentado sobre a Ponte Metálica e em uma das praças da cidade.

O espetáculo que contou com uma superprodução chamou a atenção de grande público nas redes sociais, assim que foi divulgado cujos elogios pela criatividade e talento da Mila – a torna uma das mais conceituadas profissionais da área da dança contemporânea, e com um diferencial a mais pelo resultado alcançado com a produção do espetáculo apresentado por um corpo de bailarinos tecnicamente bem preparados.

Mila é parte de uma geração jovem da área de dança, possuidora de toda uma técnica inovadora ao desenvolver uma produção interligada com o audiovisual, expressivo e, sobretudo, levar a arte para os espaços públicos conforme foi a bela produção apresentada na Ponte Metálica, e por ser um patrimônio histórico, o qual compõe um cenário de beleza do estuário representado pelo espelho d’água do rio Paraíba do Sul que, por sinal, agregou ainda mais beleza ao espetáculo apresentado.

O espetáculo de dança La La Land, é baseado em cima do filme de mesmo nome, o qual foi lançado em 2016, e conta a história de um pianista de Jazz e uma aspirante a atriz que conhecem e se apaixonam em Los Angeles, em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva Los Angeles, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo, enquanto perseguem fama e sucesso.  

Aos 32 anos de idade, mas que aparenta ter uns 22 anos, e um rostinho angelical – Mila é fidelense que se declara encantada com sua terra natal, e se inspirou em um dos cartões postais da cidade para desenvolver o La LaLand. Por conta do trabalho ligado a área da dança e demais estudos, reside em Campos dos Goytacazes. De uma simplicidade, carinho e humildade – recebeu gentilmente a reportagem para um bate papo no qual falou sobre como foi desenvolver toda a produção do La La Land, cujo projeto já havia sido pensado desde 2019, e agradeceu a todos pelo sucesso e receptividade do público que a deixou muito feliz e prometeu mais novidades em breve.

Vale destacar ainda o profissionalismo do processo técnico em relação ao audiovisual assinado por Gabriel Carvalho, que foi o responsável por todas as tomadas externas das imagens consideradas belíssimas da produção do espetáculo.

A dança e a música sempre foram duas vertentes culturais consideradas muito fortes na “Cidade Poema” temperada pela arte da literatura e poesia, nos remete a uma enorme observação de um verdadeiro celeiro de talentos. A cidade de São Fidélis, na década 80, foi palco dos maiores encontros de academia de danças no interior do estado Rio cuja pioneira pela organização e realização durante dez anos de encontros sediados na cidade, foi a Raquel Campos, proprietária da antiga e extinta academia Corpo & Ação.

O encontro anual acontecia na Quadra de Esporte Humberto Lusitano Maia, e era uma festa, pois os hotéis ficavam lotados, de modo pelo sucesso que era, o evento fazia parte do calendário cultural da cidade. Já no ano de 2001, surge a Souplesse escola de dança, criada pelas bailarinas Sabrine Magalhães e Érica Freitas. E lá se foram foram cinco anos em pleno vapor na formação de novos bailarinos e produção de vários espetáculos de danças.

Portanto, o sucesso do trabalho de Mila abre caminhos de se trazer o desenvolvimento da arte da dança contemporânea em um novo contexto de apresentação e embelezamento aos espaços públicos turísticos e históricos de uma cidade para que possa fortalecer ainda mais o seu referencial de “Cidade Poema”.

Por Nelzimar Lacerda

Assista a entrevista no link abaixo