Corpo do jovem fidelense que sofreu acidente na plataforma é enterrado nesta segunda-feira.

21 de maio de 2013

A vida de quem trabalha embarcado é considerada um perigo constante para quem tem que desafiar uma rotina de atividades nas plataformas em prol da sobrevivência.  Por conta disso, no último fim de semana o quadro de registros de acidentes fatais somou mais uma perda  com a morte do jovem fidelense, Leandro  de Oliveira Couto, 34, que teria caído de um men riider (equipamento para fazer operação em torre) numa passarela  de 20 metros de altura, conforme informações repassadas.

O acidente aconteceu por volta das 10h na manhã de sábado (18/05) na plataforma SS 69 que pertence a empresa Norueguesa SIADRILL.  A plataforma realizava uma operação de descida revestimento em um poço, na Bacia de Santos, e estava a serviço da Petrobrás.

Devido às condições do mau tempo, não foi possível retirar o corpo de Leandro da plataforma, o que fez com que somente no domingo o trabalho de remoção do corpo acontecesse. Representantes da Empresa estão dando suporte a Família. O corpo de Leandro foi trazido para São Fidélis, bem como foi velado na 1ª Igreja Batista, de onde saiu para ser enterrado nesta segunda-feira, às 17h, no cemitério local.

A morte de Leandro acontece 72 horas após a morte de outro plataformista em condições muito semelhantes que aconteceu na SS-83, também na Bacia de Santos. O Sindipetro-NF vai indicar um representante para a comissão que vai analisar as causas de mais esse acidente nas atividades da Petrobrás

O trabalhador sofreu uma queda às 11h39, de uma cesta que estava a uma altura de sete metros, durante uma operação de descida de revestimento. Quando ainda chegava o resgate ao local, às 14h30, o petroleiro não resistiu aos ferimentos e morreu.

Embora a sonda esteja em operação na Bacia de Campos, o contrato é com a E&P-Serv da Bacia de Campos. Em razão disso, o Sindipetro-NF participará da comissão que investigará o acidente, representado pelo diretor Wilson Reis.

O sindicato repudia com veemência a omissão da Petrobrás em adotar uma política de segurança e de gestão que de fato priorize a defesa da vida. Documento da FUP contendo propostas objetivas para que seja implantada uma política de segurança eficaz já foi apresentado, sem que a empresa se posicione.

Colaborou: Vinnicius Cremonez






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