Ao longo das décadas, virou rotina governantes e/ou quem ocupa pastas em algum ministério usar de falácias em público contra servidores para tentar justificar o injustificável quando se trata de querer fazer reformas administrativas e previdenciárias – jogando a culpa dos saques do erário e da corrupção que são e foram realizados, em sua grande maioria – pelos representantes do velho sistema político deste País.
Sem querer defender ou acusar o Paulo Guedes, mas, percebe-se que o conglomerado midiático do Brasil – juntamente com os demais integrantes opositores ao governo atual, estão sendo covardes ou têm memória curta.
Alguém se lembra do que disse FHC em 1998, quando era presidente e, ardilosamente, pela reforma administrativa bradou: “aposentado antes dos 50 é ‘vagabundo’?
Pois bem, só que ele se esqueceu de dizer que um desses “vagabundos” seria ele que, diferentemente, de quem se aposentava nessa idade ou era por tempo de serviço, bem como por direito começou a pagar desde cedo o INSS (e olha que se pagava, por exemplo, dez salários mínimos para depois receber metade ou menos), ou aqueles que se aposentavam/aposentam por invalidez, o que é direito sagrado.
Mas, enquanto seu FHC e milhares de políticos neste País que, com apenas quatro mandatos tiveram suas aposentadorias e/ou ainda as têm – com salários estratosféricos (que em nenhum lugar do mundo tem a não ser aqui no Brasil), bancados pelos impostos suados dos trabalhadores sofridos que recebem o mínimo dos miseráveis salários, ou ainda daqueles que são servidores mal remunerados, como, por exemplo, um professor.
Alguém se lembra do que disse Lula ao tentar justificar os seus roubos em esquemas de corrupção?
“Eu de vez em quando falo que as pessoas achincalham muito a política, mas a posição mais honesta é a do político, sabe por quê? Por que todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua encarar o povo e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e tá com um emprego garantido para o resto da vida”, declarou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pronunciamento que fez em desagravo à denúncia do Ministério Público Federal.
E, por fim, agora vem o ministro da Economia Paulo Guedes dizer de forma infeliz ao fazer um pronunciamento de modo que deveria ter pensado antes para não generalizar. Faltou a Guedes saber separar o joio do trigo. Como em toda profissão tem os bons e maus profissionais. De certo modo, há sim nos quadros de qualquer administração seja federal, estadual ou municipal essas observações. Mas não justifica usar de péssimas colocações sem antes expor a verdade sobre cada caso.
Como diz o ditado: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Seria muito mais fácil ele dizer que se a máquina púbica governamental não fosse tão corrupta por conta dos seus maus-gestores e políticos que saquearam e ainda saqueiam o País, com certeza, o servidor público não é e nem seria jamais o culpado de todo esse quadro de corrupção institucionalizado pelos próprios três poderes que são considerados uma vergonha nacional.