Eleições Municipais.

13 de agosto de 2012

Estamos no século XXI e esperávamos, nestes tempos modernos, uma evolução, também, na área política; que os homens que se dizem públicos evoluíssem em sua concepção de cidadania. O que estamos assistindo nas campanhas eleitorais pelo Brasil, provavelmente, com raríssimas exceções, é a mesma postura viciosa e franca cumplicidade entre o político e o eleitor.

Nada mudou nas últimas décadas, a não ser para pior. O que importa é o poder, suas benesses e a nomeação de apadrinhados para cargos que, a rigor, deveriam ser preenchidos pelo mérito dos que fossem ocupá-los. Não há, nem de longe, a mínima preocupação com a eficiência administrativa, com o bem estar do povo, com a dedicação e trabalho sério para solução de problemas que já se vão tornando crônicos nas comunidades.

Não é por outro motivo que, principalmente, nas grandes cidades, o povo está perdendo o interesse pela política-eleitoral. Em grandes centros as últimas pesquisas estão revelando, pasme-se, mais da metade da população completamente desmotivada pelas campanhas eleitorais, que já ultrapassam o limite da paciência do eleitor. Esses pleitos tornaram-se tediosos porque a mesmice é por demais recorrente.

Muitos candidatos transformam as políticas públicas em interesses particulares, como se a gestão pública fosse um meio para se levar vantagem em tudo ou, para alguns mais “humildes”, pretendentes a uma cadeira no Poder Legislativo, que esperam ali um bom “emprego”, sem qualquer proposta de caráter utilitário para oferecer ao interesse coletivo.

Gastam-se fortunas com propagandas em seus mais variados meios de comunicação para não dizer nada, absolutamente, nada que possa atrair a atenção do povo, este sempre vivendo de esperança em mudanças reais para o desenvolvimento sustentado do município.

É preciso inovar para melhor. Que o eleitorado imagine uma política ética e revolucionária, e seja vigilante cobrador de coerência dos candidatos. Que o eleitor seja um resistente crítico das atitudes oportunistas, dos espúrios e convenientes conchavos dos políticos em prejuízo do bem estar social e econômico dos munícipes.

Paulo Assis (membro da Academia Fidelense de Letras e da Associação Cultural Fidelense)






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