empregada sequestrada junto com idosa em Quissamã segue desaparecida

27 de dezembro de 2020

A empregada Rayane Silveira dos Santos, 32 anos, sequestrada juntamente com sua patroa aposentada Maria Antônia Pontes Nogueira, 77 anos, continua desaparecida e as Polícias Militar e Civil continuam as buscas e investigações por toda a área que abrange os munícipios de Quissamã, onde se deu o sequestro no dia 25 de dezembro.

Com base nas informações divulgadas – o sequestro ocorreu na BR 101 na altura do trevo de Quissamã. Ambas estavam em um Palio Weekend, quando foram abordadas por um veículo não Identificado e homens armados. Dona Antônia seguiu com os criminosos dentro do carro, já Rayane foi colocada no porta malas do veículo.

A idosa foi encontrada no dia 26 de dezembro, que, segundo sua filha Rosângela em contato por telefone com a nossa reportagem relatou que sua mãe foi encontrada muito machucada e precisou ser levada às pressas para o hospital em Macaé RJ, onde foi constatado que ela apanhou muito e teve costela fraturada, diversos hematomas na cabeça, língua roxa e com a pressão bastante alterada. Como ela estava muito machucada, após horas, conseguia falar muito pouco, mas disse que teve que se rastejar muito de dentro de um matagal para chegar até à beira da estrada para que alguém a visse e prestasse socorro.

Ainda segundo Rosângela, muito abalada, a mãe está toda hora perguntando por Rayane e pede para que procurem por ela, disse ainda que a empregada entrou em luta corporal com um dos sequestradores, assim que foram abordadas na estrada, e que por isso eles separaram ela da dona Antônia e a colocaram no porta malas do carro da idosa e a partir daí não soube dizer mais nada.

Segundo sua filha, a empregada Rayane é como um braço direito da idosa, pois mora há mais de quinze anos com sua mãe, bem como é tratada como uma filha, inclusive dormia no mesmo quarto e era recíproco o carinho e cuidados que uma tinha pela outra. Rayane também é de origem da cidade de São Fidélis, isto é, boa parte de seus familiares é fidelense, assim como dona Antônia também tem raízes fidelenses.

Segundo informações, Rayane foi criada pela avó em São Fidélis, de modo não tendo nenhuma convivência com sua mãe que reside no Rio de Janeiro. Praticamente, seu esteio familiar se deu com a senhora Antônia que a acolheu em seu lar e sempre deu toda a assistência desde quando foi trabalhar e morar na casa com a idosa.

Rosângela relatou ainda que teve contar com um apoio de advogado e demais parentes para poder fazer o registro do sequestro no Rio de Janeiro, tendo em vista que o boletim de ocorrência em Rio das Ostras, inicialmente, tratou o caso como desaparecimento e não como sequestro. Portanto, familiares da idosa tiveram que ir às pressas à capital e registrar o caso na divisão de antissequestro RJ.

Destaca-se ainda que o registro da ocorrência só pode ser feito por filho, marido ou neto. Daí ela aproveitou para esclarecer aos interessados, em especial, aos familiares de Rayane que, infelizmente, o registro do sequestro de Rayane só poderia ser feito por um dos membros familiares, o que por sua vez, até o fechamento da nossa reportagem não tivemos informações se foi realizado.

Daí desmistifica-se todas as especulações que circularam nas redes sociais quando comentários foram feitos questionando o porquê da liberação da idosa, nos quais com julgamentos de que se tratava do status social e cujo mesmo tratamento não foi dado à empregada por ser ‘pobre’.

No momento, para concluir, todos estão preocupados e torcem para que as polícias encontrem Rayane, assim como a prisão dos criminosos que levaram 30 mil reais em joias, cartões crédito e o carro da vítima.

Atualização:

Informamos que assim que a reportagem foi ao ar, por volta das 22h30, o irmão de Rayane – Emerson Santos entrou em contato por tel com mensagem enviada via Whatsapp para a reportagem do SF RJ e confirmou que a família fez o registro do sequestro na Delegacia de Macaé RJ, de modo ainda ele percorreu o local onde a senhora Antônia foi encontrada para ver se achava a irmã, mas sem sucesso. E o caso segue sob investigação da justiça.

Por Nelzimar Lacerda – São Fidélis RJ






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