Waldir Jasbick, é considerado um dos maiores cirurgiões brasileiros, foi um dos pioneiros da cirurgia cardíaca no Rio de Janeiro. Foi um dos fundadores da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, em outubro de 1987; automaticamente elevado a membro titular da cadeira número 30, por ter resolvido afastar -se das atividades médicas e Associações correlatas, escreveu carta a diretoria da academia em 2002 renunciando a titularidade. A diretoria embora tenha acolhido o pedido do fundador, fez questão absoluta de mantê-lo como patrono da cadeira, por tudo que realizou pelo bem da cirurgia em nosso país, especialmente no Rio de Janeiro. Sempre quando se falar em cirurgia cardíaca, Waldir Jasbick deve ser reverenciado no texto que segue:
“A força da cardiologia brasileira não pode ser vista somente como transferência de Know-how de centros mais avançados. Ao mesmo tempo que se preparava para ombrear com os demais pares, também passou a desenvolver sua tecnologia própria”.
Podemos ressaltar que o Brasil é um dos raros países onde toda a aparelhagem empregada em cirurgia extracorpórea é de origem nacional. Igualmente, a prótese cardíaca e outros tipos substitutos valvulares aqui utilizados nasceram do espírito criador do brasileiro, especialmente nos grupos de E.J. Zerbini e Adib D. Jatene, Domingos J. Moraes e Waldir Jasbick, utilizaram soro só invés de sangue na circulação extracorpórea (método de hemodiluição)”.
Waldir Jasbick ( irmão do ex-prefeito de São Fidélis, Paulo Ângelo Jasbick) nasceu em Santo Antônio de Pádua, no dia 15 de abril de 1928; fez graduação na antiga Faculdade de Ciências Médicas, depois, hoje UERJ. Dedicou-se a cirurgia. Em 1959, produziu experimentalmente, bloqueio atrioventricular completo, tratando-o com marcapasso miocárdio externo.
A partir de 1964, junto de Domingos Junqueira, passou a implantar geradores importados para tratamento dos bloqueios atrioventriculares. Formou com Domingos Junqueira, uma equipe que liderou a cirurgia cardíaca no Rio de Janeiro, criaram um sistema simplificado e eficiente para circulação extracorpórea e pioneiros nos trabalhos sobre o uso de hemodiluição e prrfusões sem uso de sangue.
Realizou a primeira cirurgia extracorpórea na Casa de Saúde São Miguel com apoio logístico do grande cirurgião Fernando Paulino. Junto do Domingos Junqueira realizaram quase 1000 cirurgias no hospital Pedro Ernesto da UERJ, onde fez mais de 10.000 cirurgias e onde foi professor. Operou em inúmeros hospitais particulares do Rio de Janeiro. Realizou centenas de cirurgias e seu nome ultrapassou as fronteiras do Estado e do País, sendo reconhecido no mundo científico no exterior. Participou dos congressos nacionais e internacionais, tenso inúmeros trabalhos publicados e apresentações em congressos sempre com muito sucesso. Desenvolveu a cirurgia cardíaca no hospital Procardiaco.
Em 1970, Waldir Jasbick foi aprovado para Livre Docente da Faculdade de Medicina da UFRJ com a tese: Coração, Pulmão artificial – Estudo de aparelho compacto e automático, utilizado em 950 perfusoes. Em Portaria 239 de 31 de maio de 1999,foi nomeado Responsável Técnico do Centro de Transplantes Cardíacos da Secretaria de Saúde e Assistência.
Waldir Jasbick, fundador da academia de Medicina do Rio de Janeiro,patrono da cadeira n°30, um dos maiores cirurgiões da história da cirurgia no Brasil e reconhecido no mundo cinetifico internacional; conjuga simplicidade, amor ao próximo, competência e caráter. Um médico da mais alta expressão profissional; em relação a ele poderíamos plagiar Waldemar Berardinelli, dizendo: “Waldir Jasbick parece tímido diante de sua grandeza como profissional e ser humano”.
Por Diretoria de Publicações e Eventos da Amrj