No Dia do Meio Ambiente ainda não há o que se comemorar diante do retrato da degradação ambiental em que se encontra no Horto municipal.

6 de junho de 2016

No dia em se comemora o “Dia do Meio Ambiente”, 05 de Junho, nossa reportagem selecionou um local bastante conhecido na cidade para falar sobre ele. Trata-se do horto Municipal – onde era realizada a famosa festa da lagosta que deu fama internacional à Cidade Poema, continua em total estado de abandono, bem como se transformou em depósito de ferro velho.  O que era para ser um local bem cuidado, revitalizado e aberto até nos fins de semana, para que famílias e demais visitantes pudessem usufruir do espaço, acabou virando um depósito de sucata de ferro e de entulhos de obras.

Os moradores do bairro Coroados há tempos têm solicitado a limpeza e revitalização do local, para que possa não somente virar uma área de passeios, mas, sobretudo, eliminação de riscos para mosquitos e animais peçonhentos que, diariamente, são vistos por lá.  Entretanto, o que se vê é, de fato, um local em estado de abandono e degradado conforme imagens publicadas.

A moradora Maria Madalena Vieira da Silva, 70 anos, cuja Rua em que mora é uma das que dá acesso ao local, afirma que viu todas as festas da lagosta que aconteceram no horto e que fica revoltada em ver o local ser degradado, quando era para ser protegido e bem cuidado.

“É um absurdo ver esse crime ambiental cometido pelo próprio poder público que era para dar exemplo, cuidar e preservar esse local que é de extrema importância para a população, pois aqui está um pedaço do pulmão da natureza para nos possibilitar ar puro, além de ser, também, um local histórico porque aqui foi aonde os índios Coroados viviam e, posteriormente, foi o local onde a festa da lagosta era realizada. É triste ver nosso horto nesse estado, quando, este local, era para ser um ponto de atração turística para todos que aqui vêm. Poderia servir de área de lazer, piquenique, onde poderíamos levar nossos netos para passear e recrear, mas não dá para pensar em andar no local no estado em que se encontra”, afirmou. 

Vale ressaltar ainda que, desde o ano passado, a comunidade local enviou ofícios através da Associação Cultural Fidelense para o gabinete do prefeito e procuradoria do município solicitando limpeza e a retirada dos entulhos de restos de obras e das sucatas de ferro velho de máquinas e caminhões que lá se encontram, prejudicando, assim, o local em diversos sentidos. Sem resposta e cansados de ver o local na situação crítica, os moradores – através de sua representação comunitária levaram o caso para o Ministério Público que, por sua vez, notificou a prefeitura em março deste ano, para que tomasse as devidas providências para retirada dos entulhos e das carcaças de máquinas sucateadas. Mas, até o momento, nada foi feito. O horto municipal é o local onde foram realizadas as edições da famosa e antiga Festa da lagosta, cujo evento deu fama internacional à Cidade Poema.

Nossa reportagem tentou contato por telefone com a Secretaria Municipal de Agricultura que é a responsável pela administração do local, mas a informação que foi passada é que o secretário não estava no momento e que somente ele poderia falar sobre a situação.

Ainda, para acompanhamento da ação de denúncia que se encontra no MP, nossa reportagem conseguiu localizar o número através do presidente interino da Associação Cultural Fidelense, Marcelo Neves Borges, o qual disse que haverá uma reunião com a comunidade local, para que novas providências sejam tomadas, assim como um novo ofício será enviado à Secretaria Municipal de Agricultura, para que o secretário da pasta se manifeste em dizer o motivo de ainda não ter sido cumprido o que foi determinado pelo MP.

Por Jonas de Castro






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