A 1ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de São Fidélis no ano de 2024, vai entrar para a história por se tratar da votação de um pedido protocolado do advogado que tem como clientes, membros que faziam parte da diretoria do Fundo de Previdência dos Servidores Municipais cuja denúncia feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais, em 2023 à Câmara de Vereadores para que investigasse possíveis irregularidades no “Fundão” como é conhecido. A partir das investigações, foi instalada uma CPI em novembro que culminou em busca e apreensão de documentos e computadores na sede do Fundo dos Servidores a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Policia Civil.
Segundo o advogado Alex de Aquino Penna, as provas são consideradas irrefutáveis e por isso protocolou o pedido para que haja uma Comissão Processante para que, com base nas provas, a Câmara possa votar pela cassação do prefeito.
Com as investigações realizadas, a diretoria foi afastada e os próprios servidores que faziam parte dessa diretoria, Celsiane Maia Melo, Rogéria Jardim e o contador Célis de Souza, decidiram delatar todo o esquema do qual os mesmos faziam parte dos desvios de milhões do fundo, que, segundo eles, eram repassados através de transferências bancárias para particulares, entre eles, mulher do prefeito, filho, nora e sobrinha. Ainda com base nos depoimentos dos envolvidos, disseram que há anos essa prática vinha acontecido e que por conta de ameaça de perda de gratificações, preferiram se calar durante todo esse tempo e continuaram no esquema que contou com empréstimos de contas pessoais das duas delatoras para que o dinheiro fosse transferido, bem como tinha até um código entre eles, sapatilhas.
Com um plenário lotado de servidores, populares e imprensa local, os vereadores votaram e aprovação pela abertura de uma Comissão Processante que pode cassar o mandato do prefeito Amarildo Alcântara. A CPI ainda não divulgou o valor total que foi desviado do chamado “Fundão”, mas já se sabe que foi um rombo milionário. Ao final da sessão, cinco vereadores falaram sobre a votação, entre eles, o presidente da casa, Carlos Rogério, que fez uma forte declaração ao afirmar ao afirmar que “estamos diante do maior esquema de corrupção da história do município São Fidélis; eu não tenho dúvida disso!”.
Agora, paralela a Comissão Processante, a CPI segue investigando o desvio no Fundo de Previdência. Ne quinta-feira (08), por exemplo, os parentes do prefeito citados pelos gestores do Fundão devem ter prestado depoimento à CPI na Câmara. Após o feriado de carnaval é provável que a Comissão Processante, formada por três vereados que foram sorteados (Rodrigo Santana, Chico de Dadal e Alessandro) comecem a analisar as provas e antes do final de março o desfecho de toda a apuração e investigação desse esquema de desvio de dinheiro do “fundão” esteja concluído.
Após o término da sessão, diversos servidores fizeram um protesto pela avenida 7de Setembro até a praça central com cartazes e carro de som para cobrar dos vereadores justiça por conta do rombo que o “fundão” sofreu.
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