Resumo da situação das cidades atingidas pelas cheias nas regiões Norte/Noroeste Fluminense, MG e ES até a manhã deste domingo

26 de janeiro de 2020

Praça Central de Laje de Muriaé . Foto divulgação

1- Sobe para 37 o número de mortes confirmadas em Minas Gerais, além de desaparecidos. Governo decretou estado de emergência. Ao todo, são 25 pessoas desaparecidas até o momento e doze feridas. Até a manhã deste domingo a Defesa Civil contabilizava 3.354 desabrigados e 13.687 desalojados;
2- O Inmet afirmou que Belo Horizonte teve o dia mais chuvoso da história da cidade, desde o início da medição climatológica há 110 anos. Em 24 horas, de quinta a sexta-feira (24), o acumulado de chuva chegou a 171,8 milímetros em Belo Horizonte.


Barranco deslizou por causa de chuva em Betim — Foto: Reprodução/TV Globo


Espírito Santo:

1- Segundo informações apuradas na manhã deste domingo, apesar do transbordo histórico do rio Itapemirim o que fez com que as águas inundassem boa parte das cidades – entre elas, Guaçuí, Castelo, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Iconha, entre outras desde a semana passada, porém o rio já Itapemirim começou a baixar nesta manhã;
2- Ainda com base nas informações, até o momento o número de mortos no estado chega a 37 e há também desaparecidos e desalojados e desabrigados.

Quanto às cidades atingidas nas Regiões Norte e Noroeste Fluminense

A situação nesta manhã de domingo em relação às cidades de Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira e Muriaé – todas estão em estado bem crítico ainda desde a madrugada de domingo, quando o nível de alagamentos aumentou bastante por conta da chegada das águas vindas de outras localidades. Pádua ainda tem alagamentos em pontos da área central por conta das cheias do rio Pomba.

O tempo firmou na região Norte e Noroeste Fluminense após três dias de alto volume de chuvas. Segundo a Defesa Civil regional, a situação se repete nas cabeceiras dos rios, que ficam em Minas Gerais e Espírito Santo, mas previsão é de que sejam necessárias 24 horas para normalização e consequente redução dos níveis. Neste domingo, os rios Muriaé, Carangola, Itabapoana e Pomba continuam em transbordo em oito municípios da região.

Em consequência, cerca de 6 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Norte e no Noroeste Fluminense. Além disso, também foram registradas diversas quedas de barreiras e problemas em rodovias. Em Campos, a BR 101, na divisa com o estado do ES, e a BR 356, na localidade de Três Vendas, são monitoradoras por risco de infiltração. Em Itaperuna, Defesa Civil solicita que motoristas peguem rotas alternativas que não passem pelo município.

“Estamos monitorando o nível do Rio Itabapoana, na divisa RJ/ES. Caso o nível do rio atinja o tabuleiro da ponte, de acordo com nossos técnicos, como medita mitigatória de segurança e prevenção, a pista está fechada em ambos os sentidos, e rotas alternativas serão sinalizadas em conjunto com a concessionária Eco101. Neste momento, o nível de água do rio Itabapoana está a 75cm do tabuleiro da ponte”, informou a Arteris Fluminense em nota.

A Defesa Civil de Itaperuna informou que a situação da BR 356 no município é crítica tanto para veículos de pequeno como de grande porte. A preocupação, no momento, além do nível da água na pista, é o asfalto ceder e causar uma dano permanente na rodovia. Por esse motivo, motoristas devem buscar rotas alternativas que não passem pelo município que tem o mais de 2 mil moradores desalojados ou desabrigados.

A BR 356 é fiscalizada também pela Defesa Civil de Campos, na altura de Três Vendas. Lá, a cheia do rio Muriaé fez com que a água chegasse à margem da estrada, que funciona como um dique para localidade. “Nós estamos mantendo uma equipe porque estrada sofre de infiltração crônica. No entanto, por ser rodovia federal, apenas a União poderia fazer alguma intervenção. Todos os órgãos responsáveis já foram comunicados da situação. Até o momento, nenhum incidente foi registrado na localidade”, informou o chefe da Defesa Civil, Major Pessanha.

Tempo – O ciclone subtropical formado na última quinta-feira (23) na costa do Sudeste, já está se afastando do país e deve se dissipar até domingo, sem causar maiores alterações meteorológicas. O único efeito da tempestade em alto-mar foi contribuir para a chuva que atinge no sul do Rio de Janeiro.

As enxurradas registradas em Minas e no Espírito Santo, no entanto, não estão relacionadas ao fenômeno. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva reduziu para quase 0 mm em quase todos os municípios da região. Cardoso Moreira que chegou a registrar 232,4 mm de precipitação entre quarta e sexta, tem desde sábado apenas 7 mm. Segundo município com maior volume, Bom Jesus de Itabapoana caiu de 118,6 mm para 8 mm nas últimas 24h.

No entanto, ainda existe alerta de chuva potencial para toda a região, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o aviso existe possibilidade de “chuva entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia. Risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco”, completou.

Os municípios da região que estão acima das cotas de transbordo nos municípios de Cardoso Moreira, Italva, Laje do Muriaé, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Bom Jesus de Itabapoana, Porciúncula e Natividade.

Rio Muriaé
Italva – Nível transbordo 6,5 m (desatualizado) – atual 6,09 m
Cardoso Moreira – Nível transbordo 8 m – atual 10,61 m
Laje do Muriaé – Nível transbordo 5,15 m – atual 7,55 m
Itaperuna – Nível transbordo 4,5 m (desatualizado) – atual 6,09 m

Rio Pomba
Santo Antônio de Pádua – Transbordo 3,85m – atual 5.85 m
Rio Itabapoana
Bom Jesus Itabapoana – Transbordo 2,10 – atual 4,97 m
Rio Carangola
Porciúncula – Sem mediação atualizada
Natividade – Sem mediação atualizada.

Fontes das informações compartilhadas: G1 e Folha da Manhã/Campos

Veja vídeo panorâmico divulgado nas redes sociais sobre as cheias em Itaperuna no link abaixo.

https://www.facebook.com/SaoFidelis/videos/171292337437512/






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