A cidade de São Fidélis foi sacudida nesta manhã de quinta-feira com a maior operação já realizada em sua história contra o tráfico de drogas e mandados de prisões. A operação, batizada de “operação apocalipse”, comandada pelo delegado de polícia – Rodrigo Maia,  que inclui os trabalhos integrados com 20 de delegacias, entre elas, Delegacia de Roubos e Furtos, (DRF), Delegacia de Roubos de Automóveis, (DRFA), Delegacia da Mulher de São Gonçalo (DEAM), Delegacia de Homicídios (DH), Polinter  e Delegacia Geral de Polícia do Interior (DGPI). 

A operação contou com 200 homens da PM e 60 viaturas envolvidas para fazerem os trabalhos de buscas e apreensões de drogas e prisões de suspeitos envolvidos no tráfico de drogas em São Fidélis, da mesma forma que não foi disparado um tiro, a não serem os fogos de artifícios disparados pelos suspeitos que ao perceberem que a PM estava entrando em ação, soltaram os artefatos com intenções de comunicados entre eles para se esconderem.

Tudo começou às 6h da manhã, quando o batalhão da PM especial chegou à comunidade do morro Jonas de Almeida (conhecido como bairro da Chatuba) para executar as os mandados de prisões, inclusive, a operação contou com a ajuda até de helicóptero da PM do estado, que, segundo o delegado Maia, foram jogados do ar, nessa operação, cinco mil panfletos para que a comunidade soubesse da operação, bem como pudesse colaborar com a PM na caça aos suspeitos.

A cidade parou desde o início da manhã com a realização da operação tão logo os movimentos se intensificaram com as prisões de suspeitos sendo levados para DP 141ª, bem como a chegada de toda a imprensa regional e com dezenas de pessoas e curiosos que se encontravam na porta da delegacia, além de familiares dos presos. À medida que os presos iam chegando e os registros feitos, foi divulgado também um banner com os rostos de todos os suspeitos durante a entrevista do delegado, que explanou sobre os trabalhos realizados nessa operação considerada um sucesso para tentar quebrar a espinha dorsal do tráfico na cidade.

Dos 30 presos, entre eles, o Marcelo Caio Faria Carvalho, 29, que, ao chegar pessoalmente à delegacia para se entregar, espontaneamente, concedeu uma entrevista para imprensa, na qual alegou que embora seu rosto encontra-se no banner com as imagens dos suspeitos com mandados de prisões, ele, simplesmente alegou que, tem sido perseguido porque tanto seu e um irmão estão presos e que ele não faz parte do mercado das drogas. 

“Estou sendo perseguido, poxa! Eu já fiquei preso dez anos, cuja pena era para ser cumprida em seis anos, mas como eu sou pobre e não tinha condições de pagar advogado, amarguei mais quatro anos na cadeia, além da pena que recebi que era somente de seis anos, Saí de cabeça erguida, paguei pelos meus erros, mas, infelizmente, continuam me perseguindo. Eu trabalho duro em lixão da cidade para ter meu sustento, como vocês estão vendo aqui, a minha família aqui presente comigo. Não sei o que pode acontecer comigo quando chegar lá na cadeia, por falar isso. Portanto, vim porque não tenho nada a esconder e nem a temer porque não faço parte disso e não entendo o porquê deles me perseguirem”, afirmou.

De acordo com o delegado, durante quatro meses as equipes envolvidas em várias linhas de investigação estiveram na região e, assim sendo instalou-se a operação que, ainda, conforme informações, dos 30 presos, 27 têm passagem pela polícia e/ou envolvimento com o tráfico de drogas e homicídios. Todos os presos foram encaminhados para a Casa de Custódia em Campos dos Goytacazes, sendo que as mulheres presas foram para o presídio feminino na mesma cidade.

Entre os presos estão: Jefferson Rodrigo Guimarães, Giany Cristina Horácio Rangel, Alan Patrick de Alvarenga, Edinalva Silva de Jesus, Darlan de Jesus Souza (“O quilinho”), José do Nascimento Neto (“Neto Cachorrão), Carlos Fabiano  (“Pé de Galinha”), Joel Barcelos (“O Julinho Bolinha”), Luciano Ferreira dos Santos, Jerônimo de Oliveira Lima, Thiago Clemente Borges (“O Fabinho”), Antônio Clemente Borges, Marcelo Caio Carvalho  Faria carvalho, (“Bodinho”), José Márcio Ribeiro (“Rato”), Blendo Nascimento (“O Blendo do Cavaco”), Maxwel Dias (“O Nick”), Felipe da Silva (“O Felipó”),Luiz Cláudio da Silva (“O Chê”), Marco Aurélio Faria, Jefferson Pereira (“O Jeffinho”), Antônio Carlos Pessanha, Valdiney da Silva (“O Neguinho”), Eduylyo Alexsander Barros, Elbo dos Santos (“O Playboy”), José Carlos Ferreira, Claudio Henriques Barcelos (“Capacete”), Leonardo Nascimento (“O Léo”), Simone Pereira dos Santos, Jean Dias (“O Jeanzinho”) e Ruliana Silva de Jesus.