Veja o que rolou nos três dias de carnaval fidelense, e nesta terça-feira o Bloco Bal Masqué Cesf volta à avenida para repetir o sucesso na categoria bloco de marchinhas e máscaras

5 de março de 2019

As três primeiras noites de carnaval na “Cidade Poema” têm conseguido mostrar que, apesar de algumas dificuldades conjunturais, mesmo assim a alegria, descontração e criatividade não faltaram por parte de vários foliões. Sendo os principais quesitos que observados. Ainda, até o momento e, claro, a paz e a segurança algo que não tem preço em quaisquer momentos da vida. Neste caso, vale destacar também os elogios direcionados à Polícia Militar e à Guarda Municipal cujas informações dão conta de que não houve nenhum incidente grave ocorrido nesses dias no carnaval fidelense que, por si só, já é avaliado de forma positiva.

Com relação aos principais destaques captados pelas nossas lentes, seguindo a cronologia dos dias de festa de Momo,  na sexta-feira (1), o Bloco Bal Masqué Cesf  trouxe para a avenida um carnaval alternativo e diferenciado dos que se tem visto por aí  nos últimos 40 anos no carnaval fidelense – qual seja, os bons carnavais dos bailes de máscaras e das marchinhas, isto é, o carnaval de rua que acontecia na Avenida Sete de Setembro, considerado algo louvável para que se retorne, bem como uma festa popular e sem grandes custos, na qual os próprios blocos antigamente  investiam por conta própria e sem necessidade de contar para tudo com a prefeitura.

O Bal Masqué Cesf mostrou que é possível com criatividade, organização e cada um pôr a mão na massa durante o ano, é sim possível fazer um carnaval bonito, organizado e com brilho. O sucesso e a reflexão foram tão grandes que o referido bloco – a pedido de diversos populares para que o bloco desfile – nesta terça-feira, último dia de folia, retorne à avenida.

No sábado à noite, abertura oficialmente do carnaval fidelense, os destaques criativos com irreverência ficaram por conta da personagem criada há mais de vinte anos pelo bailarino Emanuel Macedo –  de volta com Pepita Lileychann que tem sido a sensação por onde passa nesse carnaval e como o grupo de mascarados sintonizados e animadores nas ruas, de modo a interagir com o público com sua arte em passos sincronizados e abordagens humorísticas com o público.

Com relação aos desfiles de blocos já conhecidos, destaca-se, também, o Bloco Sai da Minha Aba que completa quinze anos em atividade e arrastou o povo para avenida puxado pelos puxadores do samba no trio elétrico da prefeitura municipal a quem coube a realização em boa parte do planejamento da festa de Momo este ano, incluindo, a contratação das bandas locais para tocarem no palco oficial, conforme programação, e vale ressaltar que todos os shows contaram/contam presença de grande público.

Entretanto, cabe um adendo observado e questionado por diversos populares: “Por que não se investe em contratar uma banda de marchinhas para animar o carnaval na cidade”? Sendo assim a sugestão torna-se um ponto de reflexão para que os organizadores – principalmente da Liga de Escolas de Samba Fidelense( Liesf ) revejam – juntamente com a prefeitura – a pedido de muitos populares para que no próximo carnaval a seja inserido o baile de rua com pelo menos uma banda com repertório de marchinhas, o que, aliás, até as crianças gostam muito pelo que se observou nos comentários nas redes sociais por ser o carnaval fidelense considerado um carnaval cujas famílias levam seus filhos para a praça.

Dando sequência, no domingo (3) destaque para o tradicional Bloco Boi Carinhoso – tombado como patrimônio imaterial pelo Inepac, apresentou seu desfile de forma simplória com a sua própria presidente e criadora do bloco, Badora puxando o enredo do bloco. Com base na programação, todos os blocos que até o momento fizeram seus desfiles, levaram como puderam para a avenida um carnaval alegre, descontraído e com seus abadás considerados o uniforme carnavalesco, porém sem ter uma construção musical temática e/ou satírica que pudesse trazer para a avenida – conforme antigamente fazia o Bloco do Prazer que, todos os anos, trazia para a avenida um enredo cujo tema era em cima de algo que tenha ganhado destaque na opinião pública e na imprensa.

Neste caso, registra-se, mais um clamor por parte dos foliões da velha guarda – aqueles que vivenciaram os grandes carnavais dos blocos há 40 anos cuja organização e criatividade eram consideradas impecáveis.  Além do mencionado acima, também fala-se muita do antigo Bloco das Magnólias, Bloco do “Seu Filinho Paciência” e suas mulinhas e boi pintadinho, Boi Goró de Amaro Honorato e outros mais.

Para fechar o balanço geral dos três dias de folia na “Cidade Poema”, os blocos que marcaram passagem pela avenida foram o estreante ‘Na Onda do T” de Tony Roger que, apesar do estrondoso sucessor nas redes sociais, não contou com grande público, mas mesmo assim seguiu pela avenida, apesar de pequeno grupo de pessoas, mas com animosidade pelos que acompanharam o trio com o Tony Roger puxando a música cuja letra foi produzida por Márcio Define.

Em seguida – o tradicional Bloco Galo da Madrugada arrastou seu público fiel e cativo, assim como o Bloco Churrasquinho da Bê que fechou com seu também público fiel e cativo, além do destaque Pepita Lileychann que abrilhantou a avenida desde à concentração na quadra Humberto Lusitano Maia. No mais, o fechamento da penúltima noite de carnaval na cidade ficou por conta da dupla sertaneja Nicholas & Fabianne

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Por Nelzimar Lacerda

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