Usina Pureza e Vila de Pureza

Bem-vindos à Usina Pureza e Vila de Pureza!

Pureza (3º distrito) e Vila Usina Pureza (4º distrito) de São Fidélis e, historicamente, tem na sua colonização raízes europeias, entre elas, franceses, libaneses, turcos, Panisset, Gaudard, Crellier, Pointis, Signourel, Wetterling, Boynard, Eccard, Grosjean, Veichard, Louvain, Falquet, Brahmam, Saint Jean, Lummay, Poget, Jaillerat, entre outros.

O topônimo Vila Pureza é referente à espécie botânica, uma planta que cobria grande área ali existente, usada pelos índios, e antigos habitantes, como remédio. Planta da família das Lilíáceas é a Yucca Gloriosa, comumente chamada de “vela de Pureza”. O antigo distrito denominava-se Timbó (Tephorosia toxicaria), planta utilizada pelos índios para intoxicar os peixes, e criado em 1911. O decreto de número 641, de 15 de dezembro de 1938, estabeleceu a nova denominação Pureza. Portanto, a vila de Pureza comemora a sua elevação a distrito na data supracitada.

Sobre a indústria Usina de Cana de Açúcar e álcool de Pureza

Uma das maiores empresas responsável no desenvolvimento econômico do município e região – foi capaz de produzir no passado, 210 mil sacos de açúcar e dois milhões de litros de álcool com uma mão de obra empregada de quase mil empregados diretos e indiretos. Usina de Pureza foi fundada em 1887, e pertenceu ao Visconde de Caus Serans no início do século XX, cuja indústria foi de grande êxito para com o desenvolvimento do distrito e município. Além deste, destacaram-se, também, com grande empenho na direção da empresa, entre eles, Olavo Cardoso, Joaquim Henrique, Eddinis Pereira de Souza e Ary Souza.

Quanto a alguns pontos que merecem destaques além dos casarões, o cemitério de Pureza é considerado um monumento do ponto vista arquitetônico especial por ser, essencialmente, uma das provas dessas descendências europeias presentes no processo da colonização da região. Além dos suntuosos casarões, os túmulos cujas construções mostram estilos mesquitas e em mármores totalmente trabalhados, tornando-se, assim, um monumento ímpar dentro do contexto histórico/cultural da localidade.

Da mesma forma, considera-se que os imponentes casarões históricos mereciam/merecem ser tombados e restaurados, pois, os mesmos, são um marco da história da colonização da cidade e, em especial, o distrito de Pureza. As fachadas dos imponentes imóveis mostram uma arte do estilo clássico de uma época considerada rica que caracteriza o período áureo do café e cana de açúcar, entre os séculos XIX e XX. Dentre as raízes familiares que se destacaram na história de Pureza estão os Nader, Pecly, Panisset, Collet, turcos, libaneses, entre outros.

Um vilarejo que vai além das referências históricas, de modo ainda vale ressaltar que como parte do 3º distrito do município, Pureza e Vila Usina Pureza representaram no século passado um forte elo do desenvolvimento da economia para a cidade. Ainda se pode ver no vilarejo, por exemplo, ao redor da antiga Usina, os correios de casas com toda sua simplicidade, porém de um embelezamento na sua arquitetura harmoniosa. Os traços do conjunto do vilarejo de Usina Pureza mostram um passado onde a unidade, companheirismo e familiaridade dos lares próximos um do outro, destoam, exatamente, do antagonismo que é a atualidade, cujos lares em sua maioria são construídos repletos de muros altos, portões, grades e demais agregados para segurança.

Quanto às datas comemorativas e festejos que ainda acontecem estão: a tradicional festa dos “Purezenses Ausentes” anualmente no mês de julho. Em relação à parte esportiva outro destaque é o antigo campo de futebol do Clube Operário – porém totalmente repaginado com uma nova estrutura para atender aos campeonatos e jogos. Em Usina Pureza há a escola municipal Francisco Hilarião.

Pureza conta com duas instituições escolares que são: Colégio Estadual Ned Cordeiro e escola municipal Geraque Collet, além de uma creche escola municipal José Rangel, um posto de saúde, quadra de esporte, duas pousadas e a famosa Pizzaria e restaurante Canto do Rio

Família Signourel de Saint Jean de Pointis – um dos nomes fortes na história da colonização do 3º e 4º distrito.

René Louis Alexandre Prosper Signourel de Pointis – nascido na cidade de Toulouse – França, no dia 11 de maio de 1885, foi casado com Germaine Julie Louise Hubertine Lumaye. Ele, Filho de Alcide Gustave Signourel e de Marie Olga de Saint Jean de Pointis (de origem belga). Ela, filha de François Hubert Lumaye e Pauline Félicie Mélide Coupin. René e Marie Olga tiveram quatro filhos:

– Guy Henry Albert Signourel de Saint Jean de Pointis

– Leolia Henriette Ubertine Signourel de Saint Jean de Pointis

– Francis Signourel de Saint Jean de Pointis

– Sonia Signourel de Saint Jean de Pointis

Chegaram ao Brasil fugindo da guerra, e assim sendo contribuíram fortemente no processo do desenvolvimento da localidade Colônia, cujas atividades eram ligadas à agropecuária. Daí porque como profissão fazendeiro.

A fazenda Romão – localizada nas adjacências da Vila Pureza, pertencente aos familiares Pointis e seus descendentes, é parte da história. Ainda, René produziu a primeira aguardente fidelense com o nome de genuína aguardente de cana “Soberana”, cuja fabricação era em Pureza – Est.do Rio, conforme diz no rótulo.

Colaborou Germaine Wells, filha de Guy Henry Signourel Albert de Saint Jean de Pointis residente nos Estados Unidos, ao repassar informações sobre a família e cópias de alguns documentos sobre os seus pais e avós.

Reportagem e imagens: Nelzimar Lacerda – www.saofidelisrj.com.br


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