Em geral, quase ninguém gosta de falar de cemitério, igualmente, não é comum ver agentes públicos defenderem ou proporem ações de benfeitorias para as ditas moradas silenciosas em prol do descanso eterno de todos que por esta vida passam ou já passaram. A prova disso são alguns levantamentos e pesquisas realizadas, que têm retratado os diversos problemas em que se encontram milhares de cemitérios em total estado de abandono no País. Não é o caso do cemitério do município de SF, visto pelas fotografias, considera-se que está até bem cuidado. Entretanto, recentemente, o mesmo virou notícia por causa de uma inundação nos túmulos, que, segundo alguns moradores, o problema é antigo.
O cemitério da cidade de São Fidélis foi construído em 1874, na gestão de João Manoel de Souza, “Barão de Vila Flor”. Com base em estudos da geografia local, a área era um pântano e o terreno havia sido aterrado para tal finalidade, bem como em 1971, no governo de Humberto L. Maia, o cemitério passou por uma reconstrução. De fato, sabe-se que toda ocupação irregular do solo urbano gera conseqüências, conforme se tem visto, anualmente.
Sabe-se ainda que todos os prefeitos que administraram a cidade de SF, nos últimos quinze anos, tinham conhecimento do problema do cemitério. Porém, o atual prefeito Luiz Fenemê, em seu programa de rádio, reconheceu a herança problemática que recebeu, e disse que já determinou ao secretário de obras, Gilberto França, que tome todas as providências necessárias. “Estaremos agilizando com os engenheiros uma sondagem técnica de toda a área, bem como uma análise do solo para saber a dimensão do problema, se há, de fato, uma ou mais nascente d’água na referida localidade. Da mesma forma, vamos trabalhar pela ampliação do cemitério, visto que o mesmo não comporta mais a adequação de novas caixas”, afirmou.