Alunos do CESF são premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas 2016 com medalha de bronze e menção honrosa

30 de dezembro de 2016

O estudante do Colégio Estadual de São Fidélis, Guilherme Moraes Marinho, 12 anos, foi medalha de bronze na 12º Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) 2016. Além dele, Iracema Krespaine de Andrade, 15 anos, também aluna do Cesf recebeu Menção Honrosa.

Considera-se que ainda há escolas públicas que fazem a diferença mesmo com todos os problemas existentes que a maioria passa no dia a dia, entre eles, professores mal remunerados, escolas e colégios sucateados, alunos desmotivados, violência e etc. Todavia, tanto Guilherme e Iracema fizeram a diferença ao serem premiados e agraciados com suas participações – elevando cada vez mais a imagem do Cesf que conta com um corpo docente atuante e incentivador. Vale ressaltar que Guilherme é o único estudante da Região Norte Fluminense premiado na categoria nacional, de modo ainda que outras regiões sequer contaram com estudantes participantes.

Ainda, levando-se em conta que uma das grandes dificuldades da maioria dos estudantes brasileiros em se tratando de leitura e domínio nas operações Matemáticas, é notório as baixas posições que o Brasil ocupa no ranking pelo Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Alunos.

Destaques como estes tornam-se relevantes ressaltar a importância do papel do professor em uma área considerada também defasada e com poucos profissionais realmente que gostam e atuam.  Ao ser perguntada como que é ser professor nesta área considerada um “terror” para boa parte dos estudantes e até mesmo por diversos professores, assim como foi o processo de trabalhos nas atividades com esses alunos para que obtivessem suas participações e premiados  nessa categoria nacional? Pois bem, Barbara Sóta assinala que:

– A Matemática, apesar de sua importância, não é a matéria mais cogitada pelos alunos nas escolas. Ela é até considerada por muitos como uma espécie de “bicho papão” e, tirar essa visão das pessoas não é uma tarefa fácil para o professor de Matemática. A OBMEP é um projeto que visa incentivar o estudo pela Matemática e revelar novos talentos na área. Fiquei muito feliz esse ano (2016) por ter dois alunos que se destacaram na OBMEP. A Iracema (9° ano do Ensino Fundamental) e o Guilherme (7° ano do Ensino Fundamental). A aluna Iracema, que conquistou menção honrosa é minha aluna há três anos e sempre se destacou por ser muito esforçada, dedicada e inteligente. Dona de notas excelentes em Matemática, ela é dona de um futuro promissor. O aluno Guilherme, que se destacou por ser o primeiro medalhista dá regional Norte Fluminense, ingressou este ano no CESF. Quando ele entrou, pude perceber que ele era um menino especial, suas perguntas durante as aulas iam além dos conteúdos então trabalhados. Ele é um menino questionador e observador, possui aquela “malícia” que todo matemático precisa ter (os dá área vão entender). Quando tive acesso à lista com os nomes dos interessados em participar dá OBMEP, verifiquei que o nome dele não constava. Mesmo assim, o inscrevi e propus a ele que realizasse a prova. Não deu outra, ele fez a prova e conseguiu algo inédito na região, alegrando o CESF e seus familiares. Alunos como Iracema e Guilherme servem para mostrar que nem tudo está perdido e que ainda vale a pena lutar por uma Educação de qualidade. Uma vitória dessas deixa qualquer professor orgulhoso e quanto aos alunos, acredito que quando virem seus colegas se destacando vão querer se destacar também. Estamos muito felizes pelas conquistas de nossos alunos. Vamos agora trabalhar para que o ano de 2017 também seja um ano de realizações. – Afirmou a professora.

Para a diretora do Cesf, Maria Helena, a premiação torna-se não somente um incentivo e orgulho para a instituição, mas, como educadora acreditar mais uma vez que a escola pública conta com bons profissionais e estudantes interessados e, para tanto, basta acreditar.

– Vejo esse prêmio como uma vitória em um ano atípico, com diversos problemas ocorridos, entre eles, professores mal remunerados e sem receber seus proventos em dia, por conta do estado do Rio mergulhado numa crise horrível, então, esses dois alunos nos ofertaram com essas premiações. Assim sendo faz compensar todas as dificuldades e demais problemas que todos nós estamos passando, e acreditar sempre que podemos ser e fazer o melhor por uma escola pública de qualidade. – Ressaltou a diretora Maria Helena.

Por Nelzimar Lacerda

Imagens cedidas por Barbara Sóta






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