Arte no muro: novos olhares e reinvenção da realidade. Foi com esse tema que alunos das turmas 801 802 e demais professores do Colégio Fidelense que, a convite da nossa reportagem esteve na cobertura de uma apresentação das atividades dos alunos que contou com a presença do Jan Grafite – para ministrar uma pequena oficina com os alunos na manhã de sábado (03) no bairro Jonas de Almeida (Chatuba), numa versão: o morro vai virar cartão postal, cujo local liberado para a inserção da arte foi o muro ao lado da Igreja N.S. Aparecida.
Com o objetivo de tornar o ensino do componente curricular Arte mais prazeroso e fortalecer as bases de uma educação mais produtiva e contextualizada à realidade cultural, social, política e econômica, o Colégio Fidelense vem se utilizando de estratégias que visam ampliar as oportunidades de aprendizagem, levando os educandos à reflexão, ao desenvolvimento do senso crítico e à formação da cidadania.
Como exemplo disso, alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, sob a supervisão do Professor Ely Corrêa, no último dia 3 de setembro, para entrarem em contato com o conceito de grafismo como expressão genuína da arte da periferia, deixaram a sala de aula e foram, “in loco”, vivenciar experiências enriquecedoras que lhes proporcionaram o contato direto com os moradores e a com a ambiência do Bairro Jonas de Almeida e Silva.
Dessa forma, tendo a orientação do grafiteiro campista Jam Grafite, os alunos puderam viver o passo a passo da pintura (também chamada “intervenção”) de um dos muros daquela comunidade. Para o morador Célio – foi gratificante colaborar com o trabalho: “fui eu quem pintei toda a base de branco! Um desenho bonito assim deixa o nosso Bairro bem bacana, já que, antes, esse muro passava despercebido, ninguém reparava”, contou orgulhoso. Já o aluno Luiz Filipe Domingos Vilaça, achou interessante aprender, “com a mão na massa”, a diferença entre grafite e pichação, “grafite torna o ambiente mais atraente, valoriza o local, aumentando a autoestima da população, além de representar a expressão dos anseios de uma comunidade”, diferente da pichação que tem a conotação de vandalismo e desrespeito à propriedade alheia”.
Segundo o professor Ely Corrêa, o projeto tem por objetivo suscitar nos alunos a discussão da produção da arte como agente da inclusão social. “Queremos que o nosso aluno desenvolva o senso crítico e veja a arte como ponto de acesso à cidadania e de articulação entre os novos agentes da produção artística local”, concluiu.
Via redação