Com base numa sugestão proposta por alguns moradores através da Associação Cultural Fidelense, realizada no ano passado, em relação à cobrança ao poder público municipal com ofícios enviados, para que acionasse os donos de terrenos baldios que limpassem seus imóveis e murassem, pois estavam gerando uma série de transtornos aos moradores da área que corta pelas ruas Francisco Polycarpo e Dr. Janssen Alvim Lima – no bairro Coroados.

Ou seja, devida a grande quantidade de lixo, mato e entulhos naquela localidade e cansados de esperarem pelo poder público que não tomou nenhuma providência, com base no Código de Posturas, sendo assim, alguns moradores tomaram a inciativa de procurarem os donos dos terrenos para formalizarem um contrato no qual os próprios moradores pediram para limparem os terrenos e produzirem hortas.

E sendo assim, os proprietários dos terrenos gostaram da ideia e liberaram para os moradores solicitantes para cuidarem e produzirem hortas. Um exemplo merecedor de destaque vai para o senhor Ismael Hespanhol, com aproximadamente 80 anos, (sobrevivente na cura de um câncer há quatro anos), é um dos que está responsável pela preparação do terreno e produção da horta. O terreno já foi todo cercado e disse que a melhor forma de terapia para quem gosta de trabalhar é lidar com a terra.

“Hoje em dia, a gente vê uma juventude que não dá o valor aos trabalhos agrários não é porque não querem não! Faltam a esses jovens, adolescentes, a sabedoria e educação para entenderem o quanto é importante o cultivo da terra, aproveitar esses espaços amplos que temos aqui, para plantar e colher. Infelizmente, os próprios governantes não incentivam, não dão apoio e, tampouco, os pais educam seus filhos com essa visão”, afirmou”.

Já o segundo terreno com uma vasta extensão em área ficou a cargo do presidente interino da Associação Cultural Fidelense – Marcelo Borges Neves, exemplo pelas práticas associativas no bairro , bem como atuante na colaboração dos cuidados na área onde reside, o mesmo assumiu toda a limpeza do terreno e já semeou várias sementes de hortaliças, pagou com seus próprios recursos toda a limpeza e compra de insumos para o plantio.

Segundo Marcelo, a atitude desses donos de terrenos deveria ser um exemplo a ser seguido por todos os demais que possuem imóveis, mas não cuidam por falta de tempo ou por puro descaso – já que alguns têm tanto que nem se dão ao luxo de lembrar que muitos não têm nem um pedaço de terra para construírem suas casas ou plantar para oferecer um alimento necessário e de qualidade; ainda mais em tempos de escassez e crise econômica.

Por Jonas de Castro