O número de capotagens e colisões ocorridas somente de janeiro a abril de 2013, em São Fidélis já atingiu 38. Levando-se em conta que, para uma cidade que tem um índice populacional abaixo de 40 mil habitantes, considera-se que o trânsito da cidade seja o maior risco contra vidas humanas no dia a dia.
Os dados foram repassados pelo Corpo de Bombeiros da cidade através de ofício solicitado pela redação do site, para que fosse feita uma análise estatística comparada com os anos anteriores. E a situação é bastante grave porque o índice tem aumentado assustadoramente.
A população tem reclamado bastante do descaso por parte das autoridades que nada fazem para organizar o trânsito da cidade. Há muitos anos, por exemplo,no governo de Passarinho foi feito um concurso para agentes de trânsito que não resultou em nada, a não ser em mais uma ação na justiça que já deve ter prescrita. E os demais governos sucessores também nada fizeram para regularizar a situação.
Alguns pontos das ruas da cidade necessitam de semáforos, principalmente nas vias que dão acesso por exemplo, à travessia da linha para quem entra ou sai da cidade no sentido Campos, bem como no cruzamento entre a ponte no sentido Ipuca e demais vias nas quais os condutores de veículos automotores trafegam em alta velocidade dentro da cidade, não respeitam a preferência e, muito menos, as tais placas que ficam quase invisíveis nos postes.
Além disso, é preciso fiscalização apertada sobre quem trafega de forma irregular e sem habilitação, e, ainda, que haja uma campanha municipal de modo que possa não só educar os motoristas e motociclistas, bem como sensibilizá-los a se conscientizarem de que é preciso lançar mão de outros meios alternativos como por exemplo, a bicicleta. Observa-se como pode uma cidade que não tem um mercado empresarial, e mesmo assim as ruas do centro vivem entupidas de carros e motos?
Simplesmente, além das facilidades para se comprar carros e motos atualmente, uma grande parcela da população faz questão de sair de um quarteirão de onde mora para o local de trabalho só de carro ou moto, quando, na verdade, por ser uma cidade pequena e se o trajeto fosse feito para quem mora, por exemplo, no bairro da Penha para a Avenida Sete de Setembro, de bicicleta levaria-se no máximo 10 minutos e, dependendo da extensão da rua, a pé não passaria de 15 minutos.
In tese, a situação do trânsito de São Fidélis tem acumulados tantos problemas que vão desde perdas de vidas, sequelas que geram um custo saúde bastante alto, e as soluções sequer não se sabe ou tem notícias, como por exemplo, do resultado de uma ação civil pública no MP desde 2008. Enquanto isso, a desordem reina.
Fotos: Tony Roger