Depois da longa seca e estiagem que castigaram bastante a região, a chuva chegou com força no domingo (23) na Cidade Poema e deixou um rastro de prejuízos para os moradores de algumas localidades, além de estradas também interditadas por barreiras. Segundo informações, o volume de chuva foi de 55mm em apenas 30 minutos. 

A situação mais crítica foi no bairro Santa Terezinha, onde há uma obra de calçamento de várias ruas e drenagem de águas pluviais e cuja obra começou em fevereiro deste ano e com prazo para ser concluída em agosto de 2014, o que ainda não aconteceu. Com a chuva, a situação é de destruição, conforme visto em um vídeo feito por uma moradora, onde se vê o alto volume de água carregando tudo e invadindo casas. Foram, segundo a moradora Esther Cruz, apenas dez minutos para que tudo fosse arrastado no referido bairro. 

Ainda, a situação foi de muitos transtornos para os moradores do centro, cujas ruas Dr. Faria Serra, Avenida Sete de Setembro, Frei Angelo, Sacramento e adjacências da linha férrea, também ficaram alagadas. Tal situação não é muita novidade, haja vista que sempre que qualquer chuva forte ou na época das cheias, muitos moradores do centro e demais localidades, já ficam alertas. Entretanto, muitos poderiam perguntar o que tem levado a cidade a vivenciar esses transtornos com qualquer chuva forte? 

As respostas podem ser tantas quanto as consequências das próprias ações da população. Levando-se em conta uma série de fatores, entre eles, a reportagem enumera alguns descritos por pessoas conscientes sobre o assunto. Há quem considera que, principalmente, o centro da cidade, jamais poderia ter recebido pavimentação com massa asfáltica, levando-se em conta a situação geográfica do município, isto é, as ruas consideravelmente baixas e a cidade ser de relevo montanhoso e cercada por morros. E isso fez com que não somente as irregularidades desse tipo de pavimentação e da maneira como foi feita, prejudicasse o sistema de escoamento da água, bem como contribuiu para elevar ainda mais a temperatura local. 

O correto seria manter o nivelamento do calçamento que existia, mesmo porque com esse tipo de pavimentação sempre foi mais fácil de a água ser rapidamente escoada e sugada pela terra. A cidade perdeu mais 60% da sua vegetação no entorno dos morros e demais zonas distritais da cidade. E o desmatamento progressivo para dar lugar a pastos tem sido constante. Não mais se planta ou se faz o reflorestamento em áreas desmatadas. 

As irresponsabilidades de um povo que emporcalha as ruas da cidade também são notórias, fazendo com que os bueiros fiquem entupidos por conta de lixos acumulados sem que se façam limpezas periódicas, Ainda, a ocupação irregular do solo urbano é mais um agravante. 

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