GAMBOA, PRIMEIRO NOME QUE A CIDADE RECEBEU E PRIMEIRO BAIRRO.
De origem indígena, a palavra a palavra Gamboa significa o local, no leito dos rios, onde se remansam as águas, dando a impressão de um lago sereno. Essa descrição é também o primeiro nome que a cidade de São Fidélis recebeu.
A partir do antigo e histórico pé de tamarindo começa a vida do lugarejo que marca a subida sentido bairro Vila dos Coroados, historicamente, povoado pelos índios, bem como um marco na história de fundação da cidade que se deu em 27 de setembro de 1781, com a chegada dos frades italianos e fundadores da cidade, frei Ângelo Maria de Lucca e frei Victorio de Cambiasca.
O marco do ponto de chegada dos frades em canoas – vindo da antiga Vila de S. Salvador – Campos dos Goytacazes seria entre o porto que existia nas proximidades antes da localização do posto do Edalmo, ou seja, antes da travessia da linha férrea (sentido centro), local este que diz a história – onde os frades encontraram o povoado de índios Coroados em suas ocas, os quais receberam os frades com boa receptividade para iniciar, assim, o processo de paz tendo em vista a existência na época, um conflito com a tribo dos índios Purys que se localizava do outro lado da cidade, no 2º distrito Ipuca.
Gamboa ainda guarda alguns resquícios da história, entre eles, alguns casarões que chamam a atenção de quem passa pela única rua que dá acesso ao bairro, ou seja, a Duque de Caxias, sendo a RJ158 que corta pela cidade. Tal rua é a via de entrada e saída da cidade. Ressalta-se, a antiga Duque de Caxias teve o nome trocado por Rua Dom Licínio Rangel, isto é, numa época em que vereadores andavam fazendo projeto de lei para trocar nomes de ruas. Mas, a maioria dos moradores jamais aceitou. Sendo assim, continuam reconhecendo-a como Duque de Caxias, trecho, inclusive, é parte de extensão que liga o centro e o bairro Coroados, cujo reduto era habitado pelos índios Coroados desde a Gamboa onde se iniciou a história da fundação da cidade.
Além de alguns casarões e do pé de tamarindo, outro destaque é a antiga bomba de retirar areia do rio Paraíba do Sul, cujo prédio de aspecto bem envelhecido, ainda guarda detalhes para contar, entre elas, até a morte de uma pessoa que, no século passado, algumas narrativas, através da oralidade dão conta de que uma pessoa foi sugada pela máquina ao se desequilibrar e acabou caindo dentro de uma das partes que puxava a areia, sendo, assim vitimada. Dentre os prédios destacados do bairro Gamboa estão: o Centro Espírita José Castro, Colégio Fidelense, a Primeira Igreja Batista, o prédio da Câmara Municipal e a antiga linha férrea (atualmente desativada). Reportagem e imagens: Nelzimar Lacerda
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