Deivid Domênico, o carteiro que sofreu assalto no Rio e virou notícia nacional por não ter deixado o menor infrator ser linchado – visita São Fidélis.

6 de dezembro de 2015

Deivid Domênico, o carteiro de 38 anos que virou notícia nacional ao ser vítima de um assalto praticado por um menor infrator, esteve em visita à Cidade Poema. Após sofrer um assalto, o carteiro simplesmente ao perceber que populares queriam linchar o menor, impede o ato e ainda adota o menor, no sentido de ajudá-lo na ressocialização.

Com isso, o fato ocorrido ganhou notoriedade na última semana quando, foi ao ar através do programa Fantástico na Rede Globo, não por se tratar de mais um assalto com um cidadão qualquer, mas, sobretudo, pelo gesto de ação humanista que o carteiro tal como vítima teve em relação ao menor e chamou a atenção de todos.

Deivid também é músico compositor do samba da Mangueira, bem como mora no bairro da escola de samba, e é engajado em projetos para meninos em situação de riscos. Ele é casado com Mônica Faria, sobrinha empresária do hotel São José – Magnólia Faria. E em passagem pela cidade Poema para participar do casamento de uma das primas de sua esposa, foi convidado especial para a noite de roda de samba organizada pela Liesf – Liga das escolas de samba de São Fidélis.

Muito atencioso, carismático, simples, Deivid conversou com a nossa reportagem e ao ser perguntado como que se sente ter sido noticia nacional, bem como ser convidado para fazer parte de um dos quadros do Fantástico, cuja essência deve se basear no

“As pessoas não podem achar que o que acontece no dia a dia nos grandes centros envolvendo menores infratores seja um fato normal e que a prisão vai ou ainda a redução da maioridade penal vai pôr fim na criminalidade envolvendo esses menores infratores. Acontece que a maioria deles está na rua praticando crime não é porque querem, mas sim o próprio sistema os empurra para lá. Precisamos refletir sobre essa situação e, de fato, procurarmos ver o que podemos fazer para reverter a situação, mas sem violência. É preciso ainda que as pessoas entendam que o sistema prisional no Brasil, cuja pena máxima chega a 30 anos, na verdade, um jovem de 15 anos que, porventura entrar nele hoje, e que viesse a sair aos 45 anos, em plena capacidade produtiva não iria ser aproveitada em nada nesta sociedade a não ser continuar praticando crimes. O nosso sistema prisional em sua maioria, não favorece para uma ressocialização a altura do que esses meninos de rua precisam, portanto, nós, como seres humanos conscientes dessa grave situação precisamos unir forças para mudar o contexto de vida ao qual eles estão envolvidos”, avaliou Deivid

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Por Nelzimar Lacerda






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