Denúncia acusa policiais de terem facilitado fuga de procurados na “Operação Apocalipse”.

25 de fevereiro de 2013

A “Operação Apocalipse” ocorrida na última quinta-feira (21) continua rendendo fatos. De acordo com as investigações, foi denunciado o envolvimento de policiais suspeitos em facilitarem a fuga de alguns dos envolvidos no tráfico que constam na lista dos 30 com mandados de prisões. Até o momento, 26 suspeitos foram presos na operação realizada.

O comando do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) liberou os dois sargentos da corporação e outros dois policiais rodoviários estaduais que estavam detidos por suspeita de facilitarem a fuga de um traficante de droga em São Fidélis, durante a operação da Polícia Civil que contou com várias delegacias integradas nas investigações para desbaratar o tráfico na cidade.           
Os dois PMs suspeitos foram detidos no sábado (23) e prestaram depoimento na sede do Departamento de Polícia Judiciária Militar (DPJM), em Campos. O teor do depoimento não foi revelado. A Polícia Militar também não divulgou se eles foram afastados do cargo ou se vão continuar trabalhando. Dos quatro policiais suspeitos, dois estavam lotados na 4º Cia de São Fidélis e outros dois no Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRV).

Segundo a denúncia que chegou ao DPJM, os dois sargentos do 8º BPM utilizaram a viatura para dar fuga a Elbo dos Santos Leite, que seria vapor (distribuidor) do tráfico de drogas, fato este que caracteriza crime militar. A polícia não informou de que forma teria sido a participação dos policiais do BPR. Um dos suspeitos do tráfico, Elbo foi preso um dia depois da realização da “Operação Apocalipse” em Campos dos Goytacazes, e foi levado para Casa de Custódia.

De acordo com o chefe da DPJM, tenente-coronel Sabino, o departamento vai instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes. A investigação será concluída em 40 dias. Se for confirmada a participação dos policiais, eles podem ser indiciados por associação ao tráfico de drogas e responder na justiça criminalmente, além de serem expulsos e presos. As investigações seguem em sigilo na corregedoria do 8º Batalhão da PM.  







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