EDITORIAL

8 de outubro de 2018

A vitória nestas eleições nada mais é que a vitória da lei Ficha Limpa. Portanto, caberá ao eleitor decidir se deseja continuar a fazer a limpa como fez para o Congresso, Senado e assembleias, ou se vai decidir no segundo turno das eleições por candidatos que mesmo ainda não terem sido sentenciados – mas respondem por uma gama de processos como Haddad e Eduardo Paes, ambos já indiciados. Um fato inédito e histórico para o País nestas eleições precisa ser levado em conta que é a vitória da lei da lei da ficha limpa.

Ver partidos como PMDB que, inclusive, cortou uma letra para se passar como partido novo e esconder a mancha da corrupção que sempre comandou com a maioria dos deputados ao longo das décadas tanto no Congresso, Senado, nas Assembleias e Câmaras Municipais por todo o País. Sendo assim, nem com o corte de uma letra do partido não foi suficiente para conter a redução de nomes considerados expoentes do partido que quase foi reduzido a zero com os resultados das eleições do dia 07 deste ano – isto é, fez apenas quatro cadeiras no Congresso, e cinco para a Alerj.

Quanto ao PT – a sigla carregará o peso maior do seu afunilamento – caso o candidato a presidente que concorre no segundo turno não conseguir ganhar as eleições, além da derrota considerada que sofreu para as demais de vagas no Congresso, Senado e nas Assembleias, agora a configuração será outra. Na verdade, o maior erro do PT foi se juntar ao PMDB (hoje MDB), para se enlamear na corrupção, e agora paga um preço alto porque a sua ilustre estrela encontra-se condenada e presa num presídio no Paraná por crime de lavagem e corrupção, assim como o outro aliado da sigla, isto é, Sérgio Cabral – condenado e preso no presídio do Rio, por corrupção e lavagem de dinheiro público.

O que há em comum entre Lula e Sérgio Cabral neste momento em relação às eleições do segundo turno? Simples, o povo começou a acordar e viu que enquanto o Eduardo Paes, candidato ao governo do estado do Rio que teve como aliado o próprio Cabral e sua famosa “gangue dos guardanapos” é considerado o padrinho político de Paes que concorre às eleições com uma liminar porque também está indiciado por crime de corrupção e lavagem. Da mesma forma o Haddad que também está na mesma situação, ou seja, está indiciado com 32 processos, bem como foi considerado o pior prefeito de São Paulo, e é o candidato “laranja” de Lula. Jogada de Marketing de campanha errada: “elenão”, o feitiço que virou contra o feiticeiro. Entre essas e outras pontuações, o que se discutirá ainda serão os programas de governos cujo eleitorado já demonstrou sintonia pelo projeto que o candidato do PSL mostrou para o País e, estrategicamente, por conta dos erros que o PT cometeu a partir do segundo mandato de Lula.

O que já estava ruim ficou ainda pior quando no ápice da campanha escorregou feio com uma jogada de marketing totalmente equivocada, bem como alicerçada por figuras públicas que nunca tiveram nenhum destaque na linha de frente de campanhas sociais e relevantes para o País. Aliás, figuras consideradas até como “maus exemplos”. Com isso, julga-se que o povo não é mais bobo. Assim como o maior efeito de marketing estratégico para se virar um jogo em se tratando de campanha política – há de se considerar que a lei da ficha limpa hoje, pode ser associada como o top of mind de quem tem na cabeça os políticos considerados ficha suja, assim como somos lembrado a todo instante a ter que tomar banho, ter hábitos de higiene para se ter boa saúde, educação e segurança.






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