Com o objetivo de acelerar as correções e falhas decorrentes do processo educacional nas escolas, a maioria das empresas de grande porte tem aderido ao sistema de universidades corporativas, que atendem a milhares de estudantes em todo o país. E essa visão independe do tamanho e ramo em que as empresas atuam, de modo que o fator principal que se justifica é o comprometimento da empresa com o desenvolvimento de seus colaboradores ou público interno.
Com base numa visão estratégica para programar ações que possam maximizar resultados não somente do ponto de vista econômico, mas, sobretudo, porque o seu maior ativo é o capital humano ou intelectual. Neste caso, por conta das dificuldades em encontrar mão de obra qualificada no Brasil, para que possa de fato alcançar uma margem melhor e mais significativa no que se refere ao desenvolvimento de pessoas, é que esse tema tem sido muito discutido. Ainda assim, com a valorização do capital humano, a organização contribuirá para a formação e retenção de profissionais que garantirão seu crescimento e ascensão em um mercado cada vez mais concorrido. E é nesse contexto que surge a ideia de universidade corporativa.
A partir desse novo cenário que tem sido redesenhado dentro do sistema organizacional, a própria Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ) reconhece, aprova a e vê essa tendência com bons olhos, diante do contexto competitivo e da evolução dos modelos de gestão para suprir as lacunas de um modelo educacional no Brasil, considerado fraco e o qual deixa a desejar. A partir dessas fragilidades, boa parte das empresas passou a instituir seus próprios Centros de Ensino, conhecidos como Universidades corporativas, que têm como escopo primordial o desenvolvimento e educação de seus colaboradores, clientes, fornecedores, objetivando, assim, atender às estratégias empresariais das organizações.
Assim sendo, esse alinhamento estratégico e cultural tornou-se o principal fator decisivo para gerar um novo processo de progressão funcional e formação (não somente técnica), bem como humanista também. As organizações caíram na real que quanto mais investirem em ações integradas que possam estimular seus colaboradores, melhores serão os resultados. Entretanto, não basta investir apenas em treinamentos pontuais, algumas empresas precisam entender que a velocidade com que as informações se processam, acabam levando boa parte das empresas migrarem do sistema tradicional T&D para a área de Educação Corporativa, quando esta precisa ser refletida e muito bem trabalhada com base numa visão holística que integre os quatro níveis do desenvolvimento humano: biológico, psicológico, social e espiritual.
O desafio por parte das empresas em relação ao papel da universidade corporativa será o de promover nos seus espaços internos, a inovação, o empreendedorismo e a sustentabilidade, bem como integrá-la com as demais áreas, principalmente com a de gestão de pessoas.
Nelzimar Lacerda – Relações Públicas/Jornalista e Especialista em Planejamento Estratégico e gestão em Marketing