Educação: E agora Professor? Quando o fracasso começa na formação do professor.

26 de janeiro de 2015

Nem sempre as avaliações apresentadas nas estatísticas apontam, em primeira síntese, as questões vulneráveis do sistema educacional no Brasil, ou seja, a má qualidade da aprendizagem nos revelam a decadência ou as fragilidades de uma realidade que deveriam ter maiores destaques nas escalas das pesquisas estatísticas, a exemplo do Pisa – Programa Internacional de Avaliação de estudantes.

A base conjuntural do sistema de uma educação de qualidade inicia-se com a figura do professor, que sem uma boa formação, certamente, encontrará dificuldades em ensinar seus alunos apropriadamente. Lamentavelmente, o corpo docente do país, provém de cursos de licenciaturas fracos, focados em teorias, e a prática? A prática? Saem conforme entraram, sem prática! In tese, trabalhar na educação de modo a superar o complexo quadro de desigualdades sociais na direção da redução de nossas pobrezas, impõe a formulação de modelos que sejam capazes de enfrentar a dificuldade, de tornar as culturas um eixo central dos processos educacionais.

Sendo assim, constatamos que o sistema educacional brasileiro está capenga, é ineficaz, com uma política educacional ultrapassada, em que um dos atores responsáveis em formar cidadãos conscientes e preparados para a vida, estão longe da competência que se deseja.

O cenário atual requer mudanças estruturais, em que paradigmas sejam reavaliados e reestruturados na sua essência. Não basta avaliar as práticas educativas e resultados afins só do corpo discente, é necessário que avaliem, também, o nível de formação do corpo docente. O que esperar de um professor, que sequer tem o habito da leitura? Como ele irá desenvolver um bom trabalho ao exigir de seus alunos algo distante de sua pratica, tão relevante para seu desenvolvimento, e aprendizado?

Sendo assim, é preciso que entendamos que ninguém poderá ensinar o que não aprendeu. Os processos educativos precisam ter, em sua essência e como meta, a formação de sujeitos capazes de compreender o mundo, participando ativamente, da vida política, econômica e social suas condições de atuação. Logo, não será com um corpo de profissional que saiu de um sistema fracassado para dar continuidade ao próprio sistema que aí está, e no qual as estatísticas mostram anualmente, a estagnação e atraso de um país que não consegue alavancar ou mudar a realidade, tampouco, um professor marionete, manipulado e manipulado, de um sistema cruel.

Por Luciana Alves, Pedagoga, Serviço Social e especialista em Educação Inclusiva e Precoce.






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