De acordo com os documentos da Cúria Diocesana de Campos, a Festa do Santíssimo Salvador iniciou-se desde 1652, completando no dia 06 de agosto de 2020, 368ª anos, com a construção da Igreja Matriz, por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, se restringindo a uma manifestação religiosa, com procissão e missas celebradas em louvor ao padroeiro da capitania e depois, do município.
Hoje a Catedral Menor do Santíssimo Salvador ou Catedral de São Salvador, possui o estilo neoclássico com colunata na fachada principal apoiando balcão onde quatro estátuas de bronze em tamanho maior que o natural representam os quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Ao ler o livro “São Salvador – 360 anos”, do jornalista, ateu, Avelino Ferreira, há uma interessante descrição da história desta festividade, principalmente no que se refere à importância dos festejos, relativo ao São Salvador, que não é santo! É sim o próprio Jesus Cristo, divindade máxima da Igreja Católica, filho de Deus, sacrificado para salvar a humanidade (na versão do cristianismo enquanto religião instituída pelo apóstolo Paulo). O que pode gerar uma grata surpresa para muitos, pois a maioria da população campista acredita que o São Salvador seja um santo.
O curioso da data de 6 de agosto, e o significado do dia, tido pelos cristãos como o dia da transfiguração de Jesus, considerado um dos milagres que se encontram nos Evangelhos, é um dos cinco marcos da vida de Cristo: o Batismo, a Crucificação, a Ressurreição e a Ascensão. Neste milagre, ocorreu a transfiguração de Jesus no topo da montanha Tabor, na Galileia, revelando sua natureza humana e ao mesmo tempo sua divindade. Segundo as escrituras, uma nuvem surgiu e encobriu os apóstolos de sombra, ouvindo-se as palavras: “Este é o meu Filho, o Escolhido; a Ele dai toda atenção!”. O milagre reforçou a identificação de Jesus como o Messias e preparou os apóstolos para o que viria adiante.
São várias ações que compõem a Festa do Santíssimo Salvador, dentre elas o tradicional Festival de Doces na Praça, junto com várias instituições de caridade que comercializam quitutes, como o tradicional bolinho de bacalhau. Outro extraordinário ato que ocorre durante os festejos é a Corrida Ciclística, composta por muitos inscritos todos os anos e idealizada pelo Gerardo Maria Ferraiouli, o conhecido – Patesko. Além do encontro de Bandas Centenárias e das Regatas de Remo, no Rio Paraíba, no passado.
Como diz Avelino Ferreira, essa é a data que o poder público investe na chamada parte profana movimentando comércio, atividades artísticas, culturais e esportivas, incluindo shows com artistas famosos.
Esse investimento se deve ao expressivo público de fiéis que ao longo destes anos sempre se aglomeram na Catedral e na Praça de São Salvador. No entanto, este ano de 2020, entra para história dos festejos da Festa do Santíssimo Salvador como um ano atípico, sem comemorações com aglomeração, partindo para ações virtuais ou com pouco público presente, devido às medidas de prevenção a COVID-19.
Uma coisa se pode garantir, após esse pequeno histórico, a fé e a tradição se perpetuam e se adaptam as circunstâncias mais inesperadas do que podemos acreditar!
Por História Escrita da coluna do jornal Terceira Via com a historiadora Graziela Escocard
Comemorações nesta quinta-feira na catedral
Apesar da pandemia em que estamos vivendo, algumas apresentações foram programadas na catedral – entre elas, uma live com o Bispo Dom Roberto Francisco e a historiadora e gerente do Museu Histórico de Campos. Dando sequência a programação pela passagem das comemorações em homenagem ao Santíssimo Salvador.
Pela primeira vez, a Banda da Guarda Civil Municipal (GCM) se apresentou dentro da Catedral do Santíssimo Salvador. A apresentação aconteceu na noite desta quinta-feira (6) e fez parte da programação do dia do padroeiro de Campos. Após a benção do Bispo ao município, a imagem do Santíssimo Salvador saiu em cortejo pela cidade e teve o apoio de batedores da GGM.
Todos os músicos estavam de máscara e na distância de acordo com as medidas de prevenção à Covid-19. A banda é composta por 28 músicos regidos pelo maestro Rafael Almeida. Todos são servidores da corporação. A Banda da Guarda Civil Municipal foi criada em julho de 2006.
Instrumentos de sopro e outros como bateria, guitarra, percussão, teclado, sanfona, entre outros fazem parte da apresentação da Banda da GCM.
via redação site prefeitura municipal de Campos