Dr. Jansen Alvim Lima é homenageado pelos moradores do bairro Coroados, através da Associação Cultural Fidelense com nome de rua por ter sido considerado um médico humanista que passou pelo Hospital Armando Vidal e ajudou a salvar muitas vidas. Por alguns anos, o médico atuou na unidade Hospitalar Armando Vidal dando atendimento e plantões. Dr. Jansen nasceu na cidade de Miracema e morreu no dia 17 de julho de 2012, aos 60 anos de idade, vítima de câncer. Foi casado com Jaquelini Tostes com quem teve três filhos: Renata Tostes, Tatiana Tostes Lima e Vinícius Tostes Lima.
Em época que saúde pública no país é considerada ruim por diversos desmandos dos governos, além de boa parcela dos profissionais da medicina só visarem dinheiro, porém, o HAV tem algumas histórias registradas nas lembranças de muitos populares sobre alguns médicos que passaram pelo único hospital da cidade de São Fidélis e deixaram saudades, suas marcas positivas e conceituadas na avaliação da população. Muitas pessoas da cidade sentem a falta de alguns profissionais da medicina que fazem realmente muita falta no quadro médico do HAV como o saudoso médico falecido Dr. Jansen Alvim Lima que, por alguns anos, ajudou a salvar a muitas vidas no nosso município, evitando, assim, em muitos casos, a transferência de pacientes para outros hospitais da região, em busca de tratamento e socorro por insuficiência de recursos. Segundo relatos de pessoas que passaram pelas mãos do médico quando deram entrada na unidade e de outros profissionais do HAV que trabalharam com ele, consideram que Dr. Jansen nasceu e viveu para a medicina, pois fazia de tudo para salvar vidas, não visava dinheiro e atendia a qualquer hora.
“Eu chorei muito quando soube que ele morreu, pois me lembro perfeitamente quando dei entrada no hospital passando muito mal com uma dor abdominal sem saber o que poderia ser. Era dia do plantão dele e aí ao me examinar disse que eu teria que passar por uns exames e, dependendo do resultado, iria ter que entrar em cirurgia imediatamente. Não deu outra, pois minha família toda nervosa, e a dificuldade para sair da zona rural para tentar atendimento e ainda por cima uma notícia que não sabíamos do que se tratava. Ele, muito tranquilo só me disse assim: fique calma que você está com apendicite e já quase sulfurando e vai ter que ser operada às pressas, vamos orar e pedir para Deus que tudo vai se resolver. Foi a única coisa que conseguia lembrar dele na sala de cirurgia e não me lembro mais por conta do meu estado crítico de tanta dor naquele dia. E só de lembrar que já tivemos alguns óbitos dentro do hospital por falta de médico competente em não fazer diagnóstico correto e nem ligar para os pacientes humildes, eu choro quando lembro que se tivéssemos Dr. Jansen hoje aqui na nossa cidade trabalhando no HAV, muitas vidas poderiam ter sido salvas e melhor ainda o atendimento médico”, afirmou Maria Helena Gomes de Oliveira.
A funcionária do setor administrativo HAV, Silvana – ficou muito feliz e emocionada pela homenagem, pois a nossa reportagem foi até à unidade hospitalar para solicitar mais informações a respeito do médico e a mesma disse que a morte de Dr. Jansen foi uma perda irreparável para o quadro médico do HAV. Um profissional competente, pessoa simples, humilde, alegre com os funcionários, adorava contar piadas. “Lembro-me como se fosse hoje, mesmo sabendo que já se encontrava com a doença, mas não deixava de dar forças pra gente, não tinha tempo ruim para ele, atendia a todos que precisavam ou passaram pelo hospital e fazia de tudo para salvar vidas”, afirmou.
Por Nelzimar Lacerda