A tradicional festa do padroeiro conseguiu superar mais um ano de crise econômica que tem assolado o país e os municípios como um todo, o que fez com que até as festividades com contratos de shows paralelos que eram realizados pela prefeitura na ocasião dos festejos, chegasse ao fim. Como todos sabem a parte da festa religiosa sempre foi de organização da Igreja Matriz, logo, as demais atrações que sempre aconteciam eram/são por conta de outras instituições, principalmente, a prefeitura que aproveitava a ocasião dos festejos do padroeiro e assim sendo realizava shows.
Em função da crise econômica que se instalou no país há dois anos, sendo assim as duas últimas festas (2015/2016) fizeram com que tais atrações deixassem de acontecer pelo poder público, tendo em vista as dificuldades financeiras por conta da redução de receitas e repasses de verbas dos governos federal e estadual, deixando todos os municípios com orçamento curto. Mesmo assim, a prefeitura ainda pagou o show católico, bem como a estrutura de som e iluminação, para que a festa não ficasse sem seu show religioso.
Considera-se que toda crise econômica permite oportunizar um novo tempo, um novo processo de reinventar-se. Logo, a festa tradicional de São Fidélis deixa um aprendizado para todos os fidelenses que é preciso a partir de agora, resgatar os bons tempos em que a festa contava com shows baratos e de boa essência cultural, tipo, orquestras que vinham para cidade e davam grandes shows que agradavam a todos os tipos de públicos e ainda atraiam o turismo porque a cidade nessa época, sem contar com shows de palcos monstruosos ( nas décadas de 70,80) sempre recebeu/recebe muitos visitantes, fidelenses ausentes, amigos, familiares e, para fechar, independentemente de contar com shows de artistas de mídia ou não, a cidade possui um grande repertório seja no setor turístico rural, de aventura e cultural, para fazer sempre a tradicional festa de São Fidélis ser uma atração e fonte geradora de receitas no setor turístico e cultural.
Entretanto, é preciso que os produtores de cultura – sejam da gastronomia, rede hoteleira, do artesanato, das artes, da música, do teatro, da dança e etc., possam estar unidos para que, com base numa organização e interação, possam estreitar uma política de relacionamento efetiva para tal finalidade, bem como contar com parcerias da iniciativa privada para a promoção dos eventos.
Dentre os registros que a nossa redação traz para o arquivo de mais um ano na cobertura da festa do padroeiro, destacam-se: apresentações musicais na barraca da festa com músicos da terra e região, apresentação de grupos de danças do Atelier Coreográfico de Danças, no palco do Jardim Presidente Vargas, cuja direção da professora de dança – Alexandra Genázio, exposição fotográfica Impressões 02 de Cláudio Valente, inauguração “poemas no muro” através da parceria entre a Academia Fidelense de Letras e o Hotel São José, além de momento literário com Gustavo Polycarpo em relançamento do seu livro Cembó Ibi: Curimbada, o broto: a força da terra. Já em relação ao esporte de aventura, a cidade contou com mais um encontro de Jipeiros, e encontro de ciclistas de várias cidades. E o show católico de fechamento no dia do padroeiro (24) com Eugênio Jorge.
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Por Nelzimar Lacerda