O Hotel São José e a Academia Fidelense de Letras convidam a todos para inauguração do muro poema em forma de soneto, São José autoria José Maria Mangia Bahia. O evento acontecerá nas dependências do hotel no dia 21/04, às 20h. Na ocasião, será lançado também o livro do poeta Gustavo Policarpo.
Há dois anos a AFL tem retomado os trabalhos de registros de poesias e versos nos muros e conquistado aplausos pela dimensão e embelezamento da arte da linguagem poética pelos muros liberados por donos de imóveis, para a inserção de registros de poesias dos autores genuinamente fidelense. Esse tipo de trabalho tinha uma presença muito forte nos anos 80, através do falecido poeta Antônio Roberto Fernandes e outros mais. Entretanto, com o passar dos anos, os registros foram perdendo a nitidez nos muros, bem como envelhecidos e todos os muros perderam esses registros históricos da arte da linguagem poética nos muros da cidade. Mas com a revitalização feita pela AFL e demais parcerias, os espaços têm sido destacados.
Na década de 30, a cidade recebeu o topônimo de Cidade Poema, referência esta, do poeta e escritor Sílvio Pélico de Miranda. De fato, por conta de tantas paisagens e belezas naturais, dos traçados urbanísticos das ruas, praças e jardins, da Igreja Matriz, monumento histórico tombado de 202 anos, além dos demais pontos turísticos (vide anexo), ou seja, tudo que fazia/faz com que o olhar dos poetas e seresteiros da cidade fossem tomados de inspiração. Através dessa referência poética, tornou-se comum a cidade ser cantada ou refletida em versos, trovas, prosas e poesias, conforme assegura o próprio Sílvio em um de seus poemas, Floreio Histórico:
“José Xavier de Almeida; atas,
Do teu traçado a flor poema;
Ypuca, linda, que a lágrima sangrou: oblatas,
Da fé sublime de Angello de Lucca.
Fulge o intelecto e o tempo, avilta, arriba,
Em pedestal de glória. Chora em vasca,
O tempo… Mas… é flor do Paraíba,
O sonho de Victório de Cambiasca.
Luzeiro do urbanismo, o grande Almeida,
Foi Virgílio, traçado a sua Eneida.
Imitou o estatuário Praxistelles;
Nesta Vênus de Milo, Deus se inspira
E engasta a jóia num céu de Safira.
A Cidade Poema, São Fidélis.”