As manifestações tomam conta por todo o país com multidões pelas ruas jamais vistas na história. A cidade de Campos dos Goytacazes, por ex., conforme registro da grande marcha cívica que ocorreu na quinta-feira (20) no decorrer da tarde, atraiu uma multidão à Praça do Santíssimo Salvador, liderada pelo movimento – ‘Cabruncos Livres’, ficou completamente tomada. E assim tem sido observado que cada vez mais cresce o movimento por todo o interior em que as marchas seguem fortemente nas demais regiões vizinhas: Lagos, Sul, Norte Fluminense e Noroeste e Serrana, isto é, todo o interior do estado do Rio de Janeiro está envolvido nas manifestações.
Em São Fidélis, grupos formados pelas redes sociais convidam toda a população para que, não só em apoio à pauta de reivindicações de caráter nacional e estabelecida pelos movimentos que iniciaram os protestos nas capitais do país, cujos itens incluem-se não só a redução dos preços das passagens e melhorias no transporte público, mas, principalmente, saúde, educação, fim da impunidade, corrupção entre outros itens, e, assim, a pauta dos problemas da “Cidade Poema” será deflagrada também em um só grito a ser dado na manifestação que será realizada no próximo sábado, (22) às 10h cuja concentração deverá ocorrer na Avenida Sete de Setembro em percursos por várias ruas da cidade, conforme informações veiculadas nas redes sociais.
In tese, esse ativismo em face das manifestações em todo país entrará para a história, uma vez que, em especial, nas cidades pequenas, (ditas como do interior) isso jamais aconteceu porque o provincianismo e o voto de cabresto ainda estão presentes, e os quais sempre inibiram muitas pessoas a não se manifestarem por medos diversos.
Entretanto, a comunicação em tempos de redes sociais, tem favorecido para uma nova forma não só de afetos, emoções e subjetividades, mas, sobretudo, de mobilização, denúncia, cobranças e fortalecimento de princípios ideológicos, os quais irão desmistificar a partir de agora o velho estereótipo de que brasileiro não se manifesta ou é conformista com todas as mazelas e injustiças sociais que vêm, ao longo da história, testando sua paciência que começa a cair por terra. Como diz o ditado popular: “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.