Na semana em que a cidade de Campos dos Goytacazes comemora 180 anos de elevação à categoria de cidade, e em meio ao caos por conta da crise que assola o país, bem como a situação caótica em que se encontra a rede municipal de ensino, entretanto, sempre há algumas instituições cujos professores e alunos fazem a diferença e merecem ser destacados, conforme fez a reportagem do portal SF RJ – a convite da escola Sagrada Família para participar de uma palestra sobre os 180 anos de história da emancipação político-administrativa de Campos. Trabalhar o contexto histórico de uma cidade é mais que importante para que se possa situar os atores sociais a conhecerem sua s origens, cultura, identidade, heróis que marcaram a história desse lugar, entre eles, por ex., Benta Pereira, José do Patrocínio e Nilo Peçanha, sua economia, seu contexto político, entre outros. 

Ainda, é levar os educandos a entenderem os fatos decorrentes no presente e, assim sendo, desenvolver ações que possam fazer a diferença num futuro próximo, muito além das quatro operações, e sim o pleno exercício de cidadania, desenvolvimento do senso crítico, bem como respeito aos valores e amor à sua terra. É dessa forma que a escola Municipal Sagrada Família – situada nas dependências do convento da cidade, localizada na Rua do Leão, através de seus professores e alunos vêm realizando ações diárias que, ao conduzirem os alunos no auditório para participarem de uma palestra na manhã de sexta-feira (27), às vésperas do aniversário da emancipação de Campos que se comemora no dia 28 de março, chamou a atenção da reportagem ao perceber o quanto alguns alunos já haviam assimilado parte desse contexto da história. Segundo a professora e pedagoga Luciana Alves, quando há comprometimento por parte dos professores, escola e comunidade, os resultados são satisfatórios de modo que todo o contexto e comportamento mudam, haja vista que o professor é e se torna um espelho para seus alunos. 

A palestra foi ministrada pelo animador cultural, pesquisador e jornalista Wilson Heidenfelder e Nelzimar Lacerda – Relações Públicas, pesquisadora e jornalista responsável pela revista eletrônica São Fidélis RJ. Ao primeiro, coube falar sobre o contexto da história de Campos e a segunda, falar sobre a arte urbana como emancipação e libertação para um novo contexto de vida. Ou seja, esse tema volta-se para o grafite cuja arte tem sido bastante destacada no dia a dia entre jovens e adolescentes campistas que têm sido premiados com trabalhos significativos.

 

Reportagem e fotos: Nelzimar Lacerda