Após reportagem realizada e divulgada pela revista eletrônica São Fidélis RJ, no dia 14 de dezembro, na qual mostrou a situação de riscos de desabamento da Igreja Matriz por conta de uma série de problemas de infiltrações, rachaduras e fissuras em diversas colunas e cupins, toda a população tomou conhecimento e a repercussão nas redes sociais também foi bastante comentada.
Tudo coincidiu com a chegada e posse do novo padre da Igreja Matriz – pároco Gilmar dos Prazeres Silva, e também por conta da matéria divulgada que chegou ao conhecimento do arquiteto do Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) Geovani, que atua no escritório regional do órgão que acabou de ser instalado em Campos dos Goytacazes.
Sendo assim, uma reunião foi agendada pelo arquiteto e o novo padre, que aconteceu na última quinta-feira (12), na Igreja Matriz, bem como a reportagem do SF RJ também acompanhou e aproveitou o momento para ouvir ambos, a respeito da avaliação geral e sobre quais serão os próximos passos para a resolução dos problemas.
A Igreja Matriz, como todos sabem completa 214 anos em abril próximo, e a sua construção foi feita com óleo de baleia, barro, tijolos maciços. Não possui, portanto, quase nada do usual contemporâneo em uma obra, o que por si só, há de se considerar que as avarias ocorridas mostram o desgaste natural de uma estrutura muito antiga. Com isso, considera-se que aumenta ainda mais a necessidade de planejamento das ações técnicas a serem executadas por profissionais que sejam da área de restauro de patrimônios históricos e tombados tal como é o templo.
Vale ressaltar que a Igreja Matriz foi elevada no ano passado à categoria de Santuário Fidélis de Sigmaringa. Considera-se que – apesar da nova denominação, porém, observa-se que no estado atual em que o templo se encontra é incompatível ou não deveria ter sido elevada a tal categoria, pois, não existe até o momento, nenhuma infraestrutura ou sequer, foi preparada para tal, levando-se em conta que para ser santuário é preciso que haja uma série de ações programadas e instaladas formalmente no templo para receber os devotos e turistas afins, para o ritual do pagamento de suas promessas e etc.
O novo padre e o arquiteto do Inepac demonstraram total preocupação e interesse em buscar soluções para resoluções, principalmente, levando-se em conta os problemas maiores, os quais são os das infiltrações e os cupins que acarretam maiores danos e riscos de desabamento do monumento histórico.
Veja no link abaixo a entrevista
Por Nelzimar Lacerda