A reforma do estádio Sebastião de Almeida e Silva é mais uma obra que se arrasta há quatro anos, desde que começou a ser feita. A obra é parte do projeto “Somando Forças” do governo do estado, e foi orçada em R$ 1.158.165,16 e a contrapartida da prefeitura foi de apenas 5%, bem como as obras de reforma foram iniciadas em 2009.
A reportagem entrou em contato por telefone com o engenheiro responsável pelo projeto, Luiz Augusto Sales, da empresa Serven que é a que venceu a licitação para executar as obras, e, assim, pudesse esclarecer os fatos sobre o longo atraso da conclusão da obra.
“Infelizmente, a reforma já passou da hora de ser concluída, porém, a falta de repasse dos valores em dia fez com que ficasse quase tudo parado, mesmo porque somos uma empresa e temos que honrar nossos compromissos em dia, com pagamento de funcionários e fornecedores. Ainda assim, é bom que todos saibam que essa obra é praticamente toda de responsabilidade do governo do estado. A prefeitura é apenas a contratante e com uma pequena participação no que se refere ao valor do montante. É lamentável e a população tem o direito de reclamar, assim como a imprensa o dever de fiscalizar e informar, mesmo porque houve um contrato e com prazo determinado para ser cumprido, embora não seja nossa culpa, o que é triste ver uma obra tendo que se arrastar, quando era para ser concluída em um ano”, afirmou.
O problema de obras que são iniciadas e que não são concluídas dentro do prazo já virou tema de várias reportagens e não é somente em São Fidélis. A última edição da revista Exame (nº19 de 16/10/13) traz uma reportagem bastante recorrente ao tema: Gestão Pública – pelo fim das obras sem fim. Ainda assim há de se refletir sobre uma questão muito pertinente no que envolve a questão do contexto político, quando se sabe que é cultural no Brasil, boa parte desses atrasos de obras ser proposital, para que a maioria seja concluída em ano eleitoral, com intuito de render votos aos governos. Ou seja, uma estratégia de jogo político, principalmente em municípios pobres e que sobrevivem de repasses ou que são levados a viverem constantemente com pires na mão implorando socorro na liberação de verbas e etc.
Em relação à obra da Ponte Metálica, que é conveniada através do Ministério do Turismo, tendo sido orçada em R$ 888 mil reais, também tem sido outro problema para a municipalidade, já que a obra deveria ter sido concluída em seis meses, entretanto, já passa de dois anos. Em uma conversa com a reportagem, o vive-prefeito disse que ao afirmar que a ponte haveria de ser reaberta no mês passado, no entanto, mais uma vez por problemas de descumprimento do acordo por parte da empresa, e demais procedimento burocrático, infelizmente, não ocorreu.
“A prefeitura assumiu a conclusão do piso das obras da ponte (não a pintura das ferragens) bem com um novo processo licitatório já foi feito para que outra empresa possa concluir toda a obra de restauro. Com relação à verba, há em caixa R$ 450,00 mil reais referentes ao repasse”, ressaltou.
A reportagem tentou por diversas vezes contato por telefone com o engenheiro responsável da Hadaja,ou seja, empresa que começou a reforma da ponte em Junho de 2011, mas, infelizmente, sem sucesso. Vale destacar que, na época, os funcionários que trabalhavam nas obras da ponte fizeram um protesto que chamou a atenção com queima de pneus e, segundo informações, era por falta de pagamento em atraso por mais de dois meses.