Uma eleição cujo resultado pode ser considerado um divisor de águas no País levando-se em conta os reflexos vivenciados ao longo da gestão do atual presidente Jair Bolsonaro que sai do governo. Ironicamente, a entrega da faixa para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, seu rival.Afinal, quem perdeu e quem ganhou nestas eleições?
Vamos analisar algumas questões em relação à gestão do governo Bolsonaro que, considerando-se, uma gestão cheia de transtornos, principalmente, desde quando o mundo foi tomado pela pandemia. Daí diversos fatores implicaram para que o atual governo também tomado por uma série de arroubos a começar pelo jeito de se pronunciar publicamente, bem como usar de discursos conflitantes. Com isso, a oposição que por mais que alguém pudesse pensar que estivesse morta, ledo engano.
O que fez com que ela pegasse os pontos fracos da postura de Bolsonaro e, em especial, com uma forte aliada dessa oposição, a Mídia corporativista e .STF com boa parte dos seus ministros indicados exatamente pelos governos petistas.Daí essa oposição tratou logo de traçar juntamente com a Mídia o discurso d enfrentamento a partir dos ditos pontos fracos de Bolsonaro que acabou se tornando o maior cabo eleitoral de Lula que agora retorna ao poder depois dos escândalos mensalão e petrolão.
Neste axioma percebe-se que mesmo Bolsonaro saindo do governo, ainda assim há de se considerar que continuará forte tendo em vista os congressistas que se elegeram no PL além dos demais coligados, ou seja, o partido dele tem a maioria no Congresso e no Senado também não é diferente por conta de aliados que foram eleitos, além de boa parte dos governadores.
A pergunta é: como pode o sujeito conseguir fazer a maioria para a Câmara, Senado, governadores e perder uma eleição?
Simples, quem derrotou Bolsonaro foi a língua. Se não tivesse tido a postura na forma como se portava publicamente, seria menos um agravante, além do sistema todo contra ele. Já em relação ao candidato petista vencedor, terá um grande desafio nada fácil para poder fazer uma gestão que possa dissociar sua própria imagem das gestões anteriores. Ou seja, Lula terá que fazer o possível e impossível para que possa obter apoio e uma nova avaliação da opinião pública.
Caso contrário, ainda, poderá ter um destino igualmente o da sua aliada Dilma, e vir a ser cassado se porventura algum vestígio suspeito vier à tona durante a sua gestão de encontro aos olhos e avaliação do Congresso e Senado. O que seria ainda pior para quem carrega um péssimo histórico conforme o que ele passou enquanto chefe do executivo e considerado “chefe de quadrilha” por conta dos escândalos mensalão e petrolão.
Logo, terá que administrar ‘pisando em ovos’ sob a mira das duas Casas Legislativas em Brasília, que contam com uma boa renovação ancorada no bolsonarismo que se fortaleceu mesmo com a derrota de Jair Bolsonaro.
Por Jonas de Castro – SF RJ – comentarista