Após desfile Cívico, Escolar e Militar na Avenida Sete de Setembro, realizado nesta sexta-feira (21), os funcionários do Hospital Armando Vidal tomaram a Avenida de forma surpreendente, após a última instituição da Secretaria Municipal de Educação – SEMED – apresentar seu desfile. A manifestação causou surpresa a todos que se encontravam presentes na Avenida.
E o prefeito Amarildo chorou durante o ato, enquanto uma funcionária lia uma carta manifesto assinada pelos funcionários esclarecendo a real situação – assim como o apelo para que a diretoria do hospital assine o acordo proposto pela prefeitura. A Avenida Sete de Setembro estava lotada por populares que assistiam ao desfile. Várias pessoas também se emocionaram e se solidarizaram com os funcionários. O encerramento do desfile acabou sendo tomado por uma grande comoção e sensibilidade em prol da causa dos funcionários que ainda não se sabe quando os mesmos irão receber seus proventos.
O prefeito foi tomado pela comoção haja vista que, de acordo com as reportagens anteriores, ele, como gestor público municipal tem demonstrado querer acabar com o impasse existente entre a prefeitura e o HAV, mas, segundo as informações – a diretoria e o Conselho do HAV não aceitam assinar o acordo para a formalização de um novo contrato. Amarildo disse se sentir muito triste e preocupado com os funcionários até porque ele foi funcionário do HAV por 21 anos.
Vale destacar que desde 31 de dezembro quando expirou o contrato, de lá para cá, o impasse tomou conta porque a prefeitura, com base na legislação, solicitou uma prestação de contas por parte da unidade, mas a diretoria não apresentou, assim como não aceita que a prefeitura requisite o uso dos bens móveis do hospital para poder administrar melhor os serviços de Emergência, Urgência e Maternidade.
Com faixas e cartazes, os funcionários se manifestaram por conta da grave situação a que vêm passando há três meses sem receber seus salários, além de dois 13º salários também por conta de um impasse entre a diretoria do hospital e a prefeitura, após algumas tentativas por parte da prefeitura na última semana ao enviar uma proposta de acordo, porém segundo a comissão de funcionários do HAV, tanto o Conselho e a diretoria não querem assinar o acordo que, inclusive, os funcionários consideraram a proposta muito boa e estão de acordo. Entretanto, a diretoria do HAV mantém-se irredutível.
Com isso, a situação dos funcionários vai ficando insustentável, pois muitos estão em situação de extrema comoção por não terem como pagar suas contas, comprar alimentos, há até funcionários que dependem de pagar pensão alimentícia – o que viabiliza notificação por parte do juízo, podendo, assim, levar a pessoa que esteja em atrasos por não repassar a pensão a ser preso.
Ainda, os relatos são cada vez mais emocionantes, pois, mesmo sem receber, os funcionários continuam cumprindo com suas funções, e, segundo um deles nos informou que na hora do almoço, algumas pessoas não têm como fazer hora de almoço porque se for para casa não tem o que comer porque estão sem receber há quase quatro meses. Daí alguns colegas têm feito “vaquinhas”, para tentar comprar comida para àqueles que não têm mais a quem recorrer.
Postado por Jonas de Castro Almeida