Professores da rede ensino municipal de Campos dos Goytacazes entram em estado de greve a partir de segunda-feira (18). O que norteou a assembleia realizada na última terça-feira, em deflagrar o estado de greve por três dias, foi o fato de estarem aguardando proposta do governo que se recusou a atender as propostas apresentadas pela categoria em relação à reposição salarial.
O secretário de administração Fábio Ribeiro encaminhou ofício publicado contendo algumas respostas de alguns pontos da pauta, mas não menciona nenhuma proposta de reposição salarial conforme desejam os professores.
A falta de diálogo e as insatisfações por parte da categoria têm sido uma bola de neve desde 2014, quando foram realizadas manifestações que não trouxeram grandes resultados positivos para os professores, a não ser a regência no valor de 10% sobre o piso salarial, mas que não abrange a todos os professores, bem como é retirada caso o professor fique doente e tenha que se licenciar.
Na ocasião, foi feita uma exposição de várias fotografias do estado de precariedade em que se encontram diversas creches e escolas. As imagens foram assustadoras para a comprovação dos fatos que mesmo assim não foram, segundo os representantes do comando de greve, solucionados. Entretanto, este ano os problemas começaram a se agravar com a crise a que passa o município por conta da redução da arrecadação de receitas no município, além da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional fizeram com que a prefeitura cortasse uma série de benefícios dos servidores, inclusive o vale transporte dos servidores (Rio Card), corte de contratos de firmas que prestavam serviços nas escolas, entre eles, os porteiros, o que elevou ainda mais os riscos constantes pela falta de segurança nas escolas. Os professores disseram que faltam material didático e de pessoal de apoio para limpeza.
E, por fim, desde que a maioria dos vereadores aprovou a implantação do Plano de Cargos e Salários – em detrimento da revisão anual dos vencimentos -, os servidores municipais fazem uma série de manifestações.
A aprovação na Câmara Municipal aconteceu após o secretário de Governo, Anthony Garotinho, e o secretário de Administração e Gestão de Pessoas, Fábio Ribeiro, alegarem que a prefeitura não teria recursos para conceder o reajuste e a implantação do Plano, ambos direitos constitucionais consagrados. Com isso, a insatisfação só aumentou e os servidores, em especial, a categoria dos professores que é considerada a que mais perdeu benefícios, resolveu deflagrar a greve. O município conta com aproximadamente 270 unidades escolares e 6.000 professores.