Professores da rede municipal de Campos fecham trechos da BR 101 em mais um ato de protesto e provam que não têm o que comemorar.

16 de outubro de 2013

“O descaso com o professor expressa a ignorância de um governo”. Com esta frase o Movimento Educadores de Campos em Luta, abriu mais um ato de protesto realizado na tarde de terça-feira (15) data em que se comemora o dia do professor. O ato foi na BR 101 no qual os cerca de 500 professores, segundo informações passadas pela PM, fecharam trechos da pista por 20 minutos e, logo após, os professores saíram em caminhada até a sede da prefeitura e lá encerrando com discursos nos quais denunciam os diversos problemas que têm enfrentados nas escolas com situações precárias, e na esperança de que a prefeita pudesse aceitar receber a comissão para um diálogo.

Como os professores não têm muito o que comemorar, de modo ainda que desde de agosto vem sendo realizadas algumas manifestações para levar ao conhecimento do executivo os vários problemas, além de cobranças por melhores condições de trabalho e aumento do piso salarial, porém a prefeita Rosinha  até agora, simplesmente ignora a comissão dos professores e a pauta de reivindicações. 

Ainda segundo informações do MECL, por conta desse descaso do governo municipal, a situação agravou-se ainda mais depois que foi divulgado um vídeo publicado no Youtube em que numa das reuniões da Secretária Municipal de Educação, Marinéa Abude – com diretores de escolas, e, durante sua fala, a secretária desqualifica o movimento dos professores, faz ameça de corte de ponto, além de dizer que é para os diretores ficarem tranquilos quanto às eleições previstas para dezembro, que os mesmos sairão em vantagens, uma vez que um dos critérios para se concorrer ao cargo será a comprovação de 03 anos de gestão no cargo, e que isso fará com que elas saiam em vantagem. E ainda chama os professores de “idiotas”.

Com isso, gerou uma revolta enorme por parte de todos os professores e a comissão do movimento prometeu ingressar na justiça com uma ação por danos morais e que quatro advogados já estão analisando o caso.

Em relação à resposta por parte do executivo, de acordo com as informações da sua assessoria, a prefeita disse já ter feito o que pôde ao conceder 10% de regência, bem como estar revendo o  o Plano de Cargos e Salários, foi instituída comissão para dar continuidade à efetivação do Plano, além de conceder por lei 10% para quem tem regência.

Indignada com toda essa situação, a professora Natália Diniz disse que, as creches são as que estão em piores condições. Além disso, segundo ela, a categoria pede por uma eleição (de diretores) democrática, onde os funcionários das escolas (concursados) possam concorrer e a comunidade votar.

O Movimento fará uma paralisação de 24h, no dia 22/10 e, caso a prefeita não receba a comissão para dialogar, poderá ser deflagrada a greve.

Confira trechos da cobertura feita pela reportagem do SF RJ









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