A cidade já está em ritmo de carnaval que será aberto nesta sexta-feira, às 21h e a festa de abertura será na Quadra de Esporte Humberto Lusitano Maia com o baile da Terceira Idade. Já no sábado a festa continua com a escolha da rainha do carnaval e do Rei Momo e da Musa Gay, bem como desfile de blocos independentes, entre eles, “Boi Carinhoso” considerado um dos mais animado e organizado. Já o desfile das escolas de samba será no domingo na Avenida Sete de Setembro.
Em relação aos temas dos sambas enredo de cada escola deste ano, a Acadêmicos de Ipuca vai falar sobre a história da cidade, bem como retratar os índios Puris, considerados guerreiros, cujo nome do bairro, (quando ainda era escrito “Ypuca”) remete-se a eles. Ainda, com o tema ‘Cultura é arte, fascinação’ contará, também, grandes momentos culturais, festivos e artísticos que marcaram o calendário cultural da cidade no século passado. Já a União S. Vicente traz o tema Aquecimento Global e a Unidos Coroados com o tema ‘Mulher Fidelense em primeiro Lugar’.
Confira as letras de cada uma das escolas:
Grêmio Recreativo Acadêmicos de Ipuca (letra e música de Erildo Palmares)
Cultura é Arte, é Fascinação
Cultura é arte, fascinação;
Medalha gravada no peito de todo cidadão;
É semente que brota, das mãos de um sonhador,
Momentos que o tempo, não apagou.
A Ipuca é festa, e vem apresentar;
Jogo de capoeira, batida na lata é festa brasileira;
A nossa bateria tem luz própria que incendeia,
Vamos festejar!
O som dos tambores anuncia, é festa na aldeia dos puris;
Índios guerreiros já vieram saudar, sejam bem vindos podem entrar.
Tempos de lutas, de trabalho, escravidão
Geraram cultura, miscigenação.
Foi uma aldeia, virou freguesia, e em Vila se transformou…
Minha São Fidélis altaneira, ‘Cidade Poema’, Terra de Luz.
Retratada na história, pelas mãos de um grande poeta escritor,
Joana de tanta beleza foi aprisionada por causa do amor;
Infeliz… olha infeliz, conseguiu se libertar… foi morar no alto da serra
Com um fazendeiro por quem veio a se apaixonar.
Deu nome a uma bela paisagem, ‘Bela Joana’ nosso orgulho embalar.
Refrão:
Artesanato fonte de renda, eram produzidas em suas moradias;
Esculturas grandes pinturas, estão presentes em nosso dia;
Belas poesias, de amor e traição, aventura e magia;
Hoje vem se renovando, se expondo aos ouvidos de quem muito admira;
Vem dançar nossa folia, fazer parte desta festa que alegra nossas vidas.
Que a saudade da lagosta, festa popular que era tradição
Iguaria aparecida um sabor que deixava admiração
Hoje se lembra… com esperança de um dia restaurar;
Com trabalho da colônia este dia está perto de chegar;
Cultura nos alegra o peito, o nosso samba o coração, e a lagosta, o paladar!
Grêmio Recreativo União S. Vicente de Paulo
Compositores: Paulo Macaé (Lotinha), Edilda Rosa, Altamiro e Marcos Plínio.
Intérprete: Paulo Macaé (Lotinha) e Carlos Alberto (Meu)
Aquecimento Global. O planeta pede socorro
O desmatamento dói no peito é de enlouquecer.
A União de São Vicente com respeito: Refrão
Não deixe a terra morrer.
O Globo Terrestre está pedindo por socorro,
Arde o chão, a terra está doente:
É de cortar o coração!
E as Nações Unidas estudam uma solução,
É difícil cantar com alegria a tristeza do planeta,
O futuro incerto se torna deserto.
A Camada de Ozônio poluiu
Com o Efeito Estufa que surgiu, Bis
Derretendo as geleiras a maré subiu,
Só quem é cego que não viu.
As águas dos rios ecoam no mar,
Estão poluídas, mal dá pra nadar.
Aonde nós vamos parar?
O índio perde a pesca, está perdendo o chão.
O homem branco assim chegou,
Quanta ingratidão!
Grêmio Recreativo Unidos dos Coroados
Letra: José Carlos Rison
Música: Vicente de Paula
Mulher Fidelense em primeiro lugar
Da costela de Adão veio a inspiração
Para o homem sentir paixão
E desejo de amar.
Um sopro divino um ato de fé
Deu vida a mulher
Pro mundo se completar
E, lentamente, passo a passo,
Com suor e competência,
Elas conquistaram
Seu espaço
Sem fugir à luta (guerreiras)
Sem limites e fronteiras
Chegando presidência do país
Mãe mulher e coração
Elas só não abrem mão
De sonhar e ser feliz
Joana, bela prisioneira,
Se libertou, caiu na vida;
Encantou um fazendeiro
E virou bela Joana;
A filha do sapateiro
E assim a história começou
Com essa mina de beldades
Quem é filha da cidade
Traz certeza de beleza
E também capacidade
Mulheres bem sucedidas,
Que são exemplos de vida
Para nossa população;
Arice, eterna miss,
Claudina na medicina
E Anjinha na canção.
Dona Ana benzia
Maria Helena é a poesia
Maria Maia, a educação
Eni Abreu e seu trabalho social.
Adriana vem bailar,
Maria do Carmo vai sambar
Pois sempre será rainha do carnaval
Dona Natália, esporte foi sua paixão
Meu respeito à Sodalita
E às meninas mais bonitas
Da mais antiga profissão.