Escritores fidelenses

Os escritores fidelenses passam a contar com essa plataforma digital para a divulgação de acervos literários produzidos, bem como contribui a plataforma como um banco de registros das obras, ainda que não se trata nesse primeiro momento da disponibilidade das obras digitalizadas, visto envolver custos e um processo burocrático, além de exigências por conta do mercado editorial.

O número de escritores fidelenses que lançaram suas obras é considerado expressivo para a literatura local, assim como tem feito alguns novos autores na atualidade. Dentre todos os poetas e escritores fidelenses que a “Cidade Poema” possui, alguns são destaques pela grande dimensão e premiação da obra, como, por exemplo, Sebastião Fernandes que recebeu o prêmio Machado de Assis, pela obra Cuité. Sebastião Fernandes atravessou fronteiras e foi destaque internacional por conta de publicações em revista internacional. Além de poeta, escritor, Fernandes também era desenhista.

Outro fidelense de destaque é Aluizio Ferreira Palmar, que vivenciou o período do Regime Militar de 68, de modo que por ter sido atuante no combate ao regime chegou até ser preso. Palmar também conta com riqueza de detalhes parte da sua trajetória como ex-líder da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Ele leva o leitor ao tenso ambiente vivido pela VPR até sua dissolução. O título reconstrói o clima de suspeita em relação a possíveis agentes infiltrados, a angústia quanto aos companheiros que caíram nas mãos dos militares e o tom de despedida da luta armada nos últimos comunicados da organização.

Em seu primeiro livro, ele conta a história do Brasil mesclando com suas memórias das noites horrores no cárcere, tortura nas mãos de militares, da sua libertação no grupo de setenta políticos presos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher e os tropeços com a morte, entre outros momentos conturbados desde o início da sua militância política no Rio de Janeiro.

Onde foi que vocês enterraram nossos mortos? É um livro fundamental para a reconstituição da história dos movimentos armados no país durante o regime militar, escreve o jornalista Fábio Campana no texto de apresentação da obra. “As sociedades não podem prescindir de sua história para evitar a repetição de seus erros e desvarios. Palmar nos ajuda nessa tarefa angustiante, ao fazer história e ao mesmo tempo buscar os lugares onde enterraram nossos mortos”, afirma Campana. Veja a listagem dos escritores fidelenses que têm livros publicados:

– Antônio Roberto Fernandes

– Aluizio Ferreira Palmar

– Arinda de Carvalho Ferraz

– Antônio Augusto de Assis Maia

– Aurênio Pereira Carneiro

– Carlos Mangia

– Gustavo Polycarpo

– Irene Trindade

– Leny Lima

– Orlando de Poly Júnior

– Prisco de Almeida

– Ruy Seixas

– Sebastião Fernandes

– Silmar B. Pontes

– Thiago Yuri

– Íris Gomes da Costa

– José Ourofino

– Luzia Abreu


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