Epdemia

As provações começaram cedo. Nesse mesmo ano de 1782, uma epidemia de varíola assolou a Vila de Campos e não demorou a alastrar-se em São Fidélis, onde se propagou assustadoramente entre civilizados e índios; estes, mais sensíveis e menos imunizados às doenças dos povoados, sofreram mais. Muitos deles adoeceram e alguns morreram.

Fizeram-se na Aldeia preces especiais para que Deus afastasse o flagelo. Os missionários desdobravam-se em mil cuidados, acudindo os doentes e procurando preservar os que ainda não estavam contaminados. Pelo excesso de trabalho Frei ângelo adoeceu de impaludismo. Não conseguindo melhoras em São Fidélis, foi levado à Vila de São Salvador, para casa do Sr. Alferes da Silva e Souza, onde não lhe faltou assistência e carinho não só da família que o hospedou, mas de outros amigos e benfeitores que contribuíram para o tratamento. As despesas com médico e remédios foram pagas pela Fazenda Real.

Restabelecido e voltando à sua Aldeia encontrou, para seu consolo, belos presentes enviados pelo Vice-Rei, consistindo em um sino de 8 arrobas de peso, uma pia batismal, duas casulas, doze castiçais; um ritual Romano, objetos Sacros de imediata necessidade para o culto Divino.

A Aldeia nesse mesmo ano a auspiciosa visita do Revmo. Pe. Prefeito Apostólico dos Missionários Capuchinhos, acompanhado do Mestre-de-medir “uma légua de terra para a sesmaria da Aldeia e nomear o Capitão Mor e dois ajudantes”, como de fato nomearam respectivamente nas pessoas de de Rafael da Silva, Pedro Velho e Matias, filho de João Velho.

A medição, entretanto, não se fez, sendo transferida para outra data, por ter surgido dúvida a respeito do lugar onde deveria ser fincado o marco inicial.

P. Frei Jacinto de Palazzolo


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